Protestos por perderem o emprego na eduaçao de Fortaleza


Terceirizados da Educação fazem protesto contra demissão em massa
Centenas de funcionários terceirizados da rede pública de Educação de Fortaleza reuniram-se, na manhã de ontem, no Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Ceará (Seeaconce) com destino à Secretaria Municipal de Educação (SME) para manifestarem-se contra a demissão em massa de profissionais da categoria e também devido o atraso dos salários do mês de dezembro.
Segundo a presidente do Seeaconce, Penha Mesquita, cerca de 1.000 profissionais do setor estão sendo avisados da demissão por telefone ou por meio de outros colegas. A representante afirmou que os cortes estão sendo feitos sem nenhuma explicação ou aviso prévio, como previsto na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), e que maioria destes funcionários está há mais de dez anos na mesma escola.
SEM EXPLICAÇÃO
É o caso de Francisco Dário, que há 12 anos trabalhava como porteiro em uma escola da rede municipal. Ele disse que foi pego de surpresa com a notícia: “a empresa me ligou pedindo que eu fosse até lá e quando cheguei me disseram que eu estava sendo demitido, sem explicação alguma”, contou.
Paulo César Borges, também porteiro, falou que ocupava o cargo em uma escola municipal no bairro Tancredo Neves há sete anos. De acordo com Paulo, já foram 210 profissionais do turno da manhã colocados para fora. Inconformado ele ressaltou que todos estão querendo uma explicação. “Não houve motivos para essa demissão em massa. Queremos entender o porquê disso. Lamentável para nós”, ressaltou.
REDUÇÃO DE CUSTOS
Conforme Penha Mesquita, a demissão de terceirizados, tanto do setor de Educação como da Saúde, é relacionada à redução de custos da Prefeitura. “As empresas estão sendo comunicadas sobre esse corte que se trata de uma redução de custos da Prefeitura.
No entanto, nossa categoria é a classe que ganha menos e tem mais necessidades”, lamentou. Ainda de acordo com Penha, o motivo desse novo ato foi decorrente a não negociação que aconteceria na segunda-feira (21).
Ela informou que, durante protesto no começo da semana, uma comissão recebeu os representantes do Sindicato, diretores e funcionários das escolas municipais, onde foi repassado que na terça-feira (22) convocariam as empresas para solicitar um prazo para pagamentos dos salários atrasados, inclusive o 13º.
Porém, a presidente disse que não foi repassado à categoria nenhum esclarecimento ou prazo. Não houve comunicação nem por telefone. Segundo Penha, são cinco empresas com salários atrasados e em torno de 27 que possuem contrato com a Prefeitura. 
NEGOCIAÇÃO
Uma reunião foi marcada para a noite de ontem entre representantes da categoria e o titular da Secretaria Municipal de Educação, Ivo Gomes. A equipe do jornal O Estado entrou em contato com a Assessora de Comunicação do Sindicato, que informou que às 18h a reunião ainda não tinha tido início.
Horas mais tarde, uma nova tentativa de contato foi feita, mas não houve êxito. A equipe também entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, porém, até o fechamento desta edição não obteve retorno.

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