Preocupações em torno da saúde de Chavez

A  saúde de Hugo Chávez, que teve novas complicações depois da sua cirurgia contra um câncer, realizada em Havana no último dia 11 de dezembro, é hoje um assunto que interessa não só aos venezuelanos, como ao mundo inteiro – especialmente à América Latina. É esta, hoje, a principal preocupação do ex-presidente Lula, que tem um jatinho à disposição, emprestado por um empresário, para viajar a Cuba, caso Chávez venha a falecer. Lula não irá à posse do filho Marcos, que se elegeu vereador em São Bernardo do Campo, não está confirmado na posse de Fern ando Haddad, em São Paulo, mas pode embarcar a Cuba a qualquer momento.
Chávez é hoje um dos principais pilares de sustentação da política externa implementada no governo Lula, que rechaçou a proposta de acordo comercial oferecida pelos Estados Unidos, a Área de Livre de Comércio das Américas (Alca), e privilegiou a expansão do Mercosul, recentemente ampliado com o ingresso da própria Venezuela.
Com as maiores reservas de petróleo do mundo, que, em meados de 2012, alcançaram 296,5 bilhões de barris e superaram as da Arábia Saudita, a Venezuela se tornou peça central da geopolítica internacional – especialmente da América Latina. Chávez já financiou governos de países como Bolívia, Equador, Nicarágua, Honduras e até mesmo a Argentina, onde os Kirchner foram ajudados com a venda de energia subsidiada. Cuba também é um país que, hoje, depende essencialmente do petróleo subsidiado pela Venezuela – mais de 100 mil barris diários.
Nesta terça-feira, os jornais venezuelanos informam que Chávez, internado em estado grave, teve um dia estável, na virada do ano. O vice Nicolas Maduro embargou de emergência a Havana e tem a missão de manter a chamada "revolução bolivariana". Mas sem o carisma e a liderança de Chávez, ninguém é hoje capaz de prever se Maduro terá força para dar continuidade à política que vem sendo implantada por Chávez desde 1998.
No Twitter, o povo venezuelano se dividiu em mensagens de apoio a Chávez, com a hashtag #FuerzaChavez, e também em desejos também por sua morte. O certo é que sua eventual passagem transformaria radicalmente o quadro político na América Latina.

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