Ora direis ouvir estrelas...

Dilma Rousseff ri sempre que ouve ou lê algo sobre o estremecimento de suas relações com Lula. Com a popularidade na casa dos 70%, ela já dispõe de luz própria. Auto-estima nas nuvens, dá-se cada vez melhor consigo mesma. Nem por isso descuida do seu relacionamento com Lula.
Criador e criatura desenvolveram uma vacina contra o germe da fofoca, muito comum na política. Conversam amiúde, pelo menos uma vez a cada 15 dias. Preferem o olho no olho. Quando não dá, usam o telefone. Ajustam passos, renovam cumplicidades, desviam-se de intrigas.
No momento, há veneno demais no noticiário. Lula cogita voltar em 2014, juram uns. Dilma está tiririca com o padrinho, repercutem outros. Os áulicos do Instituto Lula cuidam de piorar a cena, vestindo em Lula um uniforme de babá de Dilma. Ele vai a Brasília para pacificar os aliados, disse um. Ele dará um jeito no PMDB e no PSB de Eduardo Campos, ecoou outro.
Nesta sexta, Dilma foi a São Paulo para estrelar a festa de aniversário da cidade. Antes, encontrou-se com Lula. Conversaram a sós. Terminado o encontro, seus ouvidos estavam passados a limpo, prontos para mais um ciclo de intrigas. Em no máximo 15 dias, nova conversa. O preço da fidelidade é a eterna vigilância.

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