Macário Batista

Fiscais acusados de assédio moral, no aeroporto de Brasília

A Receita Federal está às voltas com denúncias de humilhações e assédio moral no desembarque de vôos internacionais, em Brasília. Fiscais até obrigam passageiros a sentar-se diante de computador e preencher a própria autuação. Um deles, identificado por Jânio, irritado por nada encontrar nas malas reviradas de um jovem casal, retirou e desdobrou calcinhas da moça, uma a uma, com sorriso provocador e nervoso nos lábios. Parecia tentar forçar o rapaz a perder a calma.

Já foi melhor

A atitude dos fiscais da Receita surpreende quem estava habituado à cordialidade desde a inauguração de voos internacionais, em Brasília.

Eu vi
Logo depois da eleição de Obama, voltei de Washington via Brasilia, porque infelizmente o Ceará não tem prestígio para ter um voo de Fortaleza para os Estados Unidos. Uma senhorinha vetusta, cheia de botoque, olhou pro meu passaporte e, em tom de deboche mandou que eu fosse ser vistoriado pela Receita. Ela é da Receita. Entrei e levei um chá de cadeira. Perdí a conexão pra dali a duas horas. Fui maltratado como os vários personagens que estavam na sala. Um senhor grosseiro, da Receita, chegou a ameaçar de prisão um passageiro que, mesmo não tendo nada a declarar e com a mulher grávida, um imenso barrigão pela frente, porque o moço, naturalmente irritado jogou sobre o balcão uma pequena bolsa. Um horror que já registrei, tão logo cheguei e agora refaço com uma sugestão; não faça voos internacionais saindo ou chegando do Brasil por Manaus e Brasilia. Vá por lugares civilizados, como São Paulo, por exemplo, onde, com algo a pagar, ou não, você é tratado com gestos de cidadania.