Este blog e agências acompanham as horas que restam para a festa americana

Grandiosa e sem glamour excessivo, cerimônia terá que acertar tom correto

Jason Reed / Reuters

Obama espera ansiosamente pela posse no dia 20 de janeiro, mas adiantou que a cerimônia não terá um glamour excessivo

A cerimônia de posse do 44.º presidente dos Estados Unidos, Barack Obama - chamada de "o Woodstock de Washington" (em alusão ao famoso festival de rock) -, tornou-se um grande desafio logístico e político para os organizadores.É preciso acertar o tom correto, com a grandiosidade que a ocasião merece, mas sem um glamour excessivo que pareça frívolo para um país em guerra e em meio a uma das piores crises econômicas de sua história. Que nem nas festas das romarias de Meu Padim
as vagas em hotéis na capital americana entre 19 e 21 de janeiro já se esgotaram há mais de um mês, e os moradores de Washington e das cercanias estão alugando desde sofás por US$ 10 a noite até luxuosas casas por US$ 3 mil para os visitantes. Ingressos para a posse estão sendo vendidos a preços não muito acessíveis – há quem pague até U$ 20 mil por uma entrada.
“Não há o que comer, não há como se sentar, então acho que vamos assistir em casa e deixar a cerimônia ao vivo para a multidão de turistas”, diz o advogado Eric Treene, que mora perto da capital no Estado da Virgínia. Ele ofereceu os “sofás no porão” para amigos que desejem ir a Washington para a posse.
Os organizadores querem que a cerimônia seja a mais acessível possível à população, e uma novidade é que o National Mall, um parque retangular, será aberto ao público e receberá telões que exibirão o espetáculo. O Mall é a continuação do espaço em frente à face oeste do Capitólio, o Congresso americano, onde o novo presidente é empossado em cerimônia ao ar livre. É lá que Obama fará seu primeiro discurso como presidente dos EUA.

Getty Images/AFP

Preparativos para a posse de Barack Obama continuam. Uma plataforma foi montada em frente ao Capitólio, em Washington.