Bilhete do Fernando Hugo

Amigo Macário,
Iniciaram-se em São Paulo as internações compulsórias para drogaditos que perambulam ensandecidamente pelas ruas como diria o poeta: “sem lenço e sem documento”, e eu acrescento: “sem alma”, gerando protestos de alguns grupos estanques que representam os malsinados oportunísticamente Direitos Humanos.
Um drogadito tem o seu mundo restrito e dominado pelas drogas, perdendo completamente a noção primária de respeitabilidade a si e, por conseguinte, aos outros sendo um mentecapto que para conseguir o seu vício não mede consequências, assaltando, extorquindo, sequestrando, latrocinando, etc.
Por agirem assim não possuem poder de decisão para saberem o que é melhor para o bem-estar de suas vidas, de seus familiares e da sociedade, transformando-se muitas vezes em periculosos bandidos pela completa e destruidora dependência das drogas.
Já disse em muitas ocasiões que não se desintoxica e ressocializa dependentes químicos em tratamento laboratorial (CAPS) e para vermos nascer no drogadito um novo ser é indispensabilíssimo a internação com programas que vão de 6,7,8 meses.
O tratamento ideal é aquele em que, voluntariamente, o indivíduo junta as últimas forças e busca a volta à vida, porém grande parte dos infelicitados já perderam a autoestima e não sabem nada do nada que é a vida de cada um. Com o laudo médico e uma autorização judicial, a intervenção compulsiva representa a mão amiga da sociedade para esses pobres mortos em vida.

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Abraço do Amigo,

Fernando Hugo.

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