Aprovado no Senado, acordo que tira os EUA do "abismo fiscal" vai à Câmara

Impostos aumentarão para aqueles que ganham acima de US$ 400 mil anuais

Com o feriado do dia 1º que mantém bolsas de valores e mercado financeiro fechados, o “abismo fiscal” técnico não influenciará na economia do país. Isto permitirá que o acordo aprovado por volta de 5H da madrugada (horário de Brasília) desta terça-feira, seja aprovado nesta terça-feira à tarde pela Câmara de representantes, prevendo que ele entra em vigor com data retroativa. O risco, porém, está no fato de a Câmara, com sua maioria Republicana, poder emendar o que foi aprovado no senado.
O projeto de lei, que aumenta os impostos para os ricos, foi aprovado depois de longas conversações entre o vice-presidente Joe Biden e os republicanos do Senado. Com 89 votos a favor e 8 contra, o acordo aumentará as taxas de impostos dos cidadãos com rendas anuais de superiores a US$ 400 mil e de casais que ganhem mais do que US$ 450 mil.
A alíquota dos impostos para estas pessoas passará dos atuais 35% para até 39,6%,. Trata-se da primeira alta de impostos no país naos últimos 20 anos. Pelo acordo, também ficarão suspensos, por um prazo de dois meses, os cortes de US$ 24 bilhões no orçamento de 2013, que atingiriam em cheio os programas sociais e despesas militares. Com o novo prazo, espera-se que uma nova negociação permita um acerto mais amplo.
Pelo acordo, aumentarão os impostos de herança em 5%, passando dos atuais 35% para 40% para ganhos acima de US$ 5 milhões por indivíduo e US$ 10 milhões para um casal. Haverá aumento de impostos sobre o capital. Já o seguro desemprego, que beneficia dois milhões de americanos foi estendido por mais um ano, assim como foram prorrogados por mais cinco anos os créditos fiscais que ajudam as famílias mais pobres e da classe média.
Também se suspendeu o corte de US$ 1,2 trilhão no orçamento federal que deveria ser aplicado ao longo dos próximos dez anos. Adiada por dois meses, estas medidas continuarão sendo negociadas entre o Congresso e a Casa Branca. Agora, aguarda-se a apreciação pela Câmara onde a oposição é a maioria.
Com informações da Agência Brasil

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