Desmonte deixa sete mil pessoas sem água
FOTO: NAYANA MELO / O ESTADO
Cerca
de sete mil pessoas da sede do município de Milhã, no Sertão Central,
estão vivenciando o drama da falta de água, diante da estiagem que afeta
o Ceará. O quadro agravou-se a partir de dezembro passado, quando,
devido à suspensão do repasse, por parte do Governo do Estado, os
chamados pipeiros (proprietários de caminhões-pipas), que abasteciam a
população, deixaram de fornecer o precioso líquido.
De
acordo com o prefeito Otacílio Macêdo, para evitar o colapso total no
abastecimento de água da população, no dia 26 de dezembro passado, ele,
mesmo antes de assumir a Prefeitura, negociou com os fornecedores de
água para que continuassem a fornecer água, garantindo o pagamento tão
logo assumisse o cargo.
“Para
minha surpresa, no dia 10 de janeiro, quando fui ao banco para resgatar
a parcela do Fundo de Participação dos Municípios, no valor de R$ 340
mil, o dinheiro estava bloqueado pela Previdência Social. No dia 11, sem
receberem o pagamento, como havia sido combinado, o serviço foi
paralisado completamente. Assim, tivemos que usar de todos os meios
possíveis para a retomada do serviço”, relatou o novo gestor de Milhã.
Macêdo
denunciou também que recebeu a Prefeitura com uma dívida superior a R$ 7
milhões, apenas para com o INSS, desvio até de verbas federais de uma
escola municipal, no montante de R$ 918 mil, além de algumas secretarias
sucateadas, dentre outras irregularidades.
SOLUÇÃO BARATA
Para o prefeito Otacílio, a solução do problema, em definitivo, não custa caro. Bastaria que fosse recuperada a Adutora Jatobá, construída no município, em 2001, que tinha por objetivo transportar a água do Rio Jatobá, em Senador Pompeu, para a Estação Jatobá, em Milhã.
Para o prefeito Otacílio, a solução do problema, em definitivo, não custa caro. Bastaria que fosse recuperada a Adutora Jatobá, construída no município, em 2001, que tinha por objetivo transportar a água do Rio Jatobá, em Senador Pompeu, para a Estação Jatobá, em Milhã.
“O
problema é que, após a construção, em não havendo gerenciamento por
parte dos administradores dos municípios envolvidos, ocorreu o
sucateamento de motores, transformadores e canos, prejudicando Milhã,
principal interessado na questão. Isso porque, como o Rio Jatobá, que
abastecia a zona urbana da cidade, secou, totalmente, há um mês e 20
dias, por conta da seca, ficamos sem alternativas de abastecimento de
água, tendo que recorrer à Defesa Civil, que realizou o abastecimento,
com dois carros-pipas, apenas até o dia 20 de dezembro de 2012”, lamenta
o gestor.
APELO
Diante da gravidade do quadro, Otacílio Macêdo foi pedir socorro ao Governo do Estado. Ele solicitou a retomada do abastecimento, pela Defesa Civil, e a imediata recuperação/reconstrução da Adutora Jatobá. Até o momento, a única resposta que obteve é que haverá uma reunião do Comitê da Seca, no próximo dia 21, em Milhã, onde o assunto será abordado. (João Ferreira – Editor de Ceará)
Diante da gravidade do quadro, Otacílio Macêdo foi pedir socorro ao Governo do Estado. Ele solicitou a retomada do abastecimento, pela Defesa Civil, e a imediata recuperação/reconstrução da Adutora Jatobá. Até o momento, a única resposta que obteve é que haverá uma reunião do Comitê da Seca, no próximo dia 21, em Milhã, onde o assunto será abordado. (João Ferreira – Editor de Ceará)
Nenhum comentário:
Postar um comentário