Uma assinatura fora de hora gera uma briga política que prejudica Fortaleza

Parlamentares criticaram a omissão por parte da Prefeitura e do Governo e cobram soluções




A briga entre a Prefeitura e o Governo do Estado sobre a responsabilidade das desapropriações dos imóveis em Fortaleza, referentes às intervenções a serem realizadas na Avenida Via Expressa e no trecho entre Mucuripe e Parangaba, motivou debate na sessão de ontem da Assembleia Legislativa. Segundo ressaltou alguns parlamentares, a omissão por parte dos dois governos “chega a ser um descaso”.
O debate iniciou após o deputado Ely Aguiar (PSDC) afirmar que é “estarrecedor” o desentendimento entre governo estadual e municipal sobre a questão das desapropriações na Capital. Segundo informou, esta disputa acaba atrasando ainda mais o início das obras de mobilidade urbana, visando, sobretudo, a Copa do Mundo de 2014.
Para Ely Aguiar, “a população é um detalhe” para os dois governos. Conforme informou, ainda, as obras vão amenizar o trânsito da Capital, já que, mensalmente, centenas de carros passam a circular na Cidade. Ely considerou, ainda, que “o fato de mexer com muita gente, faz com que os governos não queiram assumir”.
Fato, segundo ele, evidenciado com a quebra da aliança entre PT e PSB.
Eliane Novais (PSB), porém, afirmou haver uma matriz de responsabilidade assinado entre o Ministério do Esporte, Governo do Estado e Prefeitura, afirmando, assim, que as desapropriações são de responsabilidade do governo do Estado. Segundo a parlamentar, querem dar responsabilidade a quem não possui. “O governador deu um tiro no pé”, pontuou.
MOTIVOS ELEITORAIS
Já o deputado Roberto Mesquita (PV), atribuiu a disputa às “motivações eleitoreiras”, porque, quando havia aliança entre os governos, não havia problema. O deputado esclareceu também que, “todas as intervenções realizadas na Via Expresso para a implantação do VLT e dos túneis, são, de fato, de responsabilidade do Estado, no qual, deve indenizar cerca de 2.700 famílias.
Mesquita ainda ressaltou que, a importância das obras e o legado que estas vão deixar em Fortaleza, é muito maior do que esta discussão “pequena”.
Em contraponto, o deputado pelo PCdoB, Lula Morais, afirmou que as obras atrasadas, ainda não saíram do papel. Segundo ressaltou, a responsabilidade é de ambos os governos. Para ele, ao invés de discutirem, a prefeita Luizianne Lins (PT) e o governador Cid Gomes (PSB), assim como no início do projeto, deveriam sentar para resolver o problema. “A Cidade precisa das obras, para melhoraria da vida da população”, pontuou. (Rochana Lyvian, da Redação)

Nenhum comentário:

Postar um comentário