Lugar de bandido é mesmo na cadeia
O detento português Luís Miguel Militão Guerreiro, que havia recebido
autorização para cursar Geografia na Universidade Federal do Ceará
(UFC), desistiu de comparecer às aulas. A decisão, que de acordo com o
preso, foi motivada pela grande repercussão do caso, foi relatada
através de carta manuscrita à direção do presídio e, posteriormente,
entregue ao juiz das execuções penais. A autorização para a ida às aulas
foi dada pelo juiz Luiz Bessa Neto, que especificou a presença de uma
escolta de dez policiais militares durante todo o tempo fora do
presídio. Luis Militão foi condenado, em fevereiro de 2002, por ter sido
o mandante do assassinato de seis portugueses, na Praia do Futuro, e de
ter participado de todas as execuções. Ele foi condenado a cumprir 150
anos de cadeia e os assassinatos aconteceram em agosto de 2001. Os
portugueses Antônio Correia Rodrigues, Joaquim Silva Mendes, Joaquim
Fernandes Martins, Vítor Manuel Martins, Manuel Joaquim Barros e Joaquim
Manuel Pestana da Costa, segundo a Polícia, foram convidados por Luís
Militão para visitar Fortaleza. Ao chagaram à Capital, os seis foram
recebidos pelo compatriota e levados para a Praia do Futuro.
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