Lideres passaram o dia ontem preparando, preparando o hoje na ONU




NY(USA) 12 graus - Esfriou muito apesr o sol escancarado - A presidente Dilma Rousseff finalizava oten à noite, segunda-feira (24/9),aqui em Nova York, os últimos detalhes do discurso de abertura da 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Dilma deve enviar uma série de mensagens, como a defesa da busca pelo fim dos conflitos por meio da paz, a não intervenção militar como solução para confrontos, a relevância dos esforços em favor do desenvolvimento sustentável e o empenho para o reequilíbrio econômico no cenário internacional.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Tovar Nunes, disse, em entrevista coletiva, que a presidente deverá fazer um discurso no qual o multilateralismo predomina. “O impulso político muito importante será dado aqui”, ressaltou. “Não polarizar [é a alternativa], que tem um grande perdedor que é o sistema multilateral, a ONU [Organização das Nações Unidas]”.  A presidente chegou ontem de manhã e não teve agenda oficial. Ela viajou acompanhada pela filha, Paula, e mais seis ministros. Dilma almoçou com a filha e alguns assessores e depois voltou ao hotel no qual está hospedada.

A presidente abre nesta terça-feira (25/9) a Assembleia Geral, quando vai destacar os avanços obtidos na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho.Antes, ela se reúne com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Segundo assessores, não há audiências organizadas com o presidente norte-americano, Barack Obama, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

No seu discurso, a presidente deverá reiterar a necessidade de respeitar a soberania interna e a ordem democrática, referências que dizem respeito diretamente à Síria e ao Paraguai. Na Síria, Dilma deverá defender o fim da violência, a busca da paz por meio do diálogo, o respeito aos direitos humanos e a não intervenção militar. Dilma deverá, mais uma vez, apoiar o direito de a Palestina ser Estado autônomo. Ela deve mencionar também a necessidade de buscar um acordo de paz dos palestinos e israelenses por meio das negociações.
No âmbito regional, a presidente deve ressaltar que atualmente na América Latina a integração está diretamente relacionada ao respeito à democracia. É uma referência à necessidade de preservar a ordem democrática, algo que os líderes latino-americanos suspeitam que não ocorreu no Paraguai durante a destituição do então presidente Fernando Lugo, em 22 de junho.

É possível que a presidente cite também a questão da reforma do Conselho de Segurança da ONU, uma vez que o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que acompanha Dilma, tem uma agenda paralela cujo principal tema é o esforço para a ampliação do órgão.

O conselho é formado por 15 países – cinco ocupam vagas permanentes e dez rotativas. O Brasil defende a ampliação para pelo menos 25 lugares no total. O assunto deve ser discutido durante reunião de Patriota com representantes do G4 (Alemanha, Brasil, Índia e Japão) e do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

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