Domingo de Claudio Humberto

Chalita sofre
rejeição na própria
Igreja Católica

Apresentado pelo PMDB como candidato dos cristãos à prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita enfrenta resistência na própria Igreja Católica. Integrantes do movimento carismático, do qual Chalita faz parte, acusam o peemedebista de ter “se vendido” ao apoiar a eleição de Dilma Rousseff à presidência da República, acusada à época por grupos religiosos de ser favorável à descriminalização do aborto.

Fábrica de boatos

Em 2010, Chalita, que era do PSB, com passagem pelo PSDB, alegou que era “boato” a história de que Dilma é pró-aborto. Saiu queimado.

Aos negócios

O PMDB garante que pesquisas qualitativas internas mostram Gabriel Chalita em ascensão. Nos bastidores, negocia apoio no segundo turno.

Prêmio de consolação

Em quarto nas pesquisas, Chalita quer nada menos que a pasta da Educação para apoiar o petista Fernando Haddad. Dilma não gostou.

Regras do jogo

Com Celso Russomanno (PRB) à frente das pesquisas, Gabriel Chalita centrará fogo no tucano José Serra, de quem é mais fácil roubar votos.

Campos só
discutirá comando
Câmara em outubro

O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, só decidirá sobre lançar candidato à presidência da Câmara ou apoiar o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), após o resultado das eleições municipais. Em conversa, há dias, com Júlio Delgado (MG), cotado para disputar o cargo, Campos disse que não é momento para discutir o assunto, até para “evitar desgaste maior” ao partido.

Vai depender

Para Eduardo Campos, o PSB “não pode entrar no jogo já derrotado”, ainda mais se permanecer em rota de colisão com o PT e PMDB.

De olho

Também é cotado para disputar o comando da Casa o presidente do PSB de São Paulo, Márcio França, com apoio do PSD e PCdoB.

Troca de favores

O líder do PMDB, Henrique Alves, obteve da presidenta Dilma Rousseff compromisso de apoiar sua candidatura após apoiar o PT em Minas.

Apaixonados por Brasília

O ministro Carlos Ayres Britto, que é sergipano, a exemplo do paulista Cezar Peluso, escolheu viver a aposentadoria em Brasília. Mas a torcida é que ambos continuem trabalhando, ao menos dando aulas.

Fogueira

O governo do Pará está em apuros com a Comissão da Verdade: não restou um só documento do antigo SNI na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no prédio que pegou fogo há dias, em Belém.

Folga para eleições

Chefe da Casa Civil, a ministra Gleisi Hoffmann (PT) tem aproveitado raras folgas que Dilma lhe dá no fim de semana para subir em palanques no Paraná. Ela gravou mensagens de apoio ao PT e PMDB.

Subindo em flecha

Para o presidente do DEM, José Agripino (RN), o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) mudará a correlação de forças políticas após as eleições, fulminando a polarização PSDB-PT: “Ele é uma figura nacional e sem dúvida vai despontar”, aposta.

Rodízio esperado

A bancada de Minas Gerais calcula que deverá perder cerca de seis deputados, hoje bem colocados na disputa por prefeituras municipais. As cadeiras são ocupadas por suplentes de partidos e coligações.

Mais do mesmo

Mulher de Zé Gerardo, primeiro parlamentar condenado pelo STF após a Constituição de 88, a deputada estadual Inês Arruda (PMDB) lidera a disputa em Caucaia, segundo maior curral eleitoral cearense.

Expectativas

O presidente do PMDB, Vaudir Raupp (RO), acredita que a sigla elege, já no primeiro turno, os candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro, de Boa Vista e Campo Grande e João Pessoa, Natal e Belém no segundo.

Caçamba

Coerente a aprovação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição isentando impostos a produtos de reciclagem. Afinal, em outubro, teremos uma avalanche de velhas caras com discurso novo.

Pergunta no ministério

A nova ministra da Cultura, Marta Suplicy, vai financiar projetos que ensinem a garotada a “relaxar e gozar”?
Poder sem pudor

O olhinho do governador

Foto
Costa Rêgo governou Alagoas, nos anos 50, e não dava confiança a ninguém, exceto ao garotinho Renato, filho do amigo e senador Fernandes Lima, que ganhou um olho de vidro após um acidente doméstico. Um dia passou a morar em Maceió uma bela francesinha, por quem Costa Rêgo se apaixonou exercitando seu francês. As visitas a ela eram freqüentes e o falatório ganhava as ruas. Fernandes Lima decidiu advertir o amigo:
- O povo já está falando e isso não fica bem para o senhor.
- Ora, senador, o Renatinho não tem um olho de vidro?...
- Tem...
- Ele tem um olho de vidro porque gosta ou por necessidade?
- Por necessidade, é claro – respondeu Fernandes Lima.
O governador olhou o amigo fixamente e sentenciou:
- Deixe a francesa em paz. Ela é o meu olho de vidro.

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