Prolífica doadora em campanhas anteriores, a empreiteira Delta, envolvida no escândalo que motivou a CPMI do Cachoeira, fechou a mão em 2012.
Não
se sabe se motivada pela perda de contratos ou se por estar na mira de
uma iminente investigação de sua relação com políticos, a empreiteira
não doou um centavo sequer na atual campanha, ao contrário do que fazia
em pleitos anteriores.
Em
2010, a empreiteira de Fernando Cavendish entrou forte nas eleições.
Doou R$ 1,15 milhão para o diretório nacional do PMDB, de seu amigo Sérgio Cabral, e R$ 850 mil para o diretório nacional do PT, totalizando R$ 2,3 milhões.
Em
2008, o fluxo tinha sido menor e bem curioso: a Delta contribuiu apenas
com R$ 200 mil, divididos igualmente entre dois candidatos a prefeito
do interior do Amazonas: Arnaldo Almeida Mitouso, candidato do PMN à
prefeitura de Coari, município rico com os royalties do petróleo; e
Donmarques Anveres de Mendonça, que disputou, pelo PR, a prefeitura de
Itacoatiara, importante polo agropecuário do Norte.
Lembre-se,
porém, que estas foram contribuições legais, registradas no TSE. Como
suspeitam os políticos da CPMI do Cachoeira, muita contribuição deve ter
sido dada a partir das empresas laranjas abastecidas com recursos da Delta Construções.
Na
terça-feira (11), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) reafirmou que o
adiamento dos trabalhos da CPMI para depois da eleição é prova cabal de
que muita gente teme a revelação dos beneficiados pelos recursos escusos
que saíram da Delta e passaram pelas empresas de fachad
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