Bancários em greve. Isso faz parte da campanha política

Saiba como evitar os transtornos da greve

A partir de hoje e por tempo indeterminado, os clientes de bancos no Ceará terão que lidar novamente com a greve dos bancários e encontrar alternativas para execução de alguma


THATIANY NASCIMENTO
thatynascimento@oestadoce.com.br


A partir de hoje, por tempo indeterminado, os usuários de banco no Ceará terão que lidar, novamente, com a greve dos bancários e encontrar alternativas para a execução de algumas operações. Pelo nono ano consecutivo, após tentativas frustadas de negociação com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a categoria decidiu cruzar os braços. Com o protesto, caixas eletrônicos, telefones, internet, lotéricas e outros correspondentes, poderão ser as válvulas de escape da população.

Conforme o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra, a estimativa é que a adesão dos cerca de 10 mil trabalhadores, que atuam distribuídos nas 462 agências do Estado, seja massiva. “A participação dos bancários no Ceará sempre é muito boa. Assim como no ano passado, nós estamos prevendo ampla participação dos bancários das 175 agência da Capital, inclusive com intensa adesão das entidades privadas”, completou.
PROPOSTAS E
REIVINDICAÇÕES

Reajuste salarial, participação nos lucros e resultados das empresas e melhoria das condições de trabalho, são algumas das pautas que, desde agosto, vêm sendo negociadas com a Febraban. Dos 5% de aumento real nos salários, cobrados pelo bancários, apenas 0,7% foi oferecido pelos bancos, conforme Carlos. De acordo com o sindicalista, os sete maiores bancos do Brasil, que concentram 90% dos trabalhadores bancários, lucraram, só no primeiro semestre de 2012, cerca de R$ 25 bilhões de reais. Isto, conforme Carlos, embasa o pleito da categoria de que os bancos têm plena condições de atender às reivindicações.

Ele infrmou, ainda, que os bancários não abrem mão de negociar o item segurança, já que os trabalhadores seguem aterrorizados pelo alto índice de violência no ambiente de trabalho. Em 2011, segundo Carlos, foram registradas 49 mortes por insegurança nos bancos brasileiros. Este ano, o total já chega a 27, sendo três no Ceará.

Outro destaque é a cobrança por contratação de profissionais. Segundo Carlos, é notório que o número de bancários não tem acompanhado o crescimento acelerado da quantidade de clientes. “Estimamos que, no Ceará, o déficit de bancários chega a ser de, aproximadamente, dois mil trabalhadores. É inadimissível continuar compactuando com os abusos e assédios gerados por esta ausência de profissionais”, acrescentou.

MANUTENÇÃO
DOS SERVIÇOS

Como não há previsão legal sobre quantos funcionários devem permanecer atuando durante a greve, Carlos alerta que, a única obrigação da categoria é manter ativo o serviço de compensação bancária, que pode ser executado via caixa eletrônico. Ele garantiu que, para realizar alguns serviços, os usuários podem procurar os correspondentes bancários. “Não queremos prejudicar ninguém. Indicamos alguns caminhos, apesar de saber que estes serviços não dispõem de estrutura adequada para um atendimento confortável e seguro”, disse.

Através de sua assessoria, a Fenabran informou que não irá se pronunciar sobre a greve. Porém, a Federação garantiu que a população tem à disposição “uma série de canais para realizar a qualquer hora do dia suas operações bancárias”. Dentre eles, caixas eletrônicos, internet banking, telefone e correspondentes, como casas lotéricas, agências dos Correios, supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.

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