Especialista avalia uso da internet na eleição deste ano


 Da eleição de 2008 para deste ano, muita coisa mudou com relação ao uso das plataformas digitais. Contudo, para o pesquisador Wilson Gomes, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), as campanhas eleitorais digitais podem fazer muito mais do que as “e-embromations” que estão sendo vendidas por aí. 

Essa ferramenta, de acordo com ele, ganhou popularidade depois da eleição presidencial dos Estados Unidos da América. No Brasil, inclusive, a legislação sofreu atualização e se estabeleceu limites para finalidade eleitoral, conforme a lei 12.034/2009. Ao contrário de 2008, o pleito de 2012 possui uma maior conexão das plataformas digitais com o eleitorado. Todavia, segundo Wilson Gomes, os postulantes e suas assessorias não estão aproveitando o instrumento.

Isso porque, conforme o pesquisador, hoje, os vídeos digitais podem se transformar em um componente importante de campanha devido sua facilidade de gravar, compartilhar e editá-los, utilizando máquinas relativamente comuns, como: smartphone ou qualquer outro utensílio digital. Atualmente, é muito comum o compartilhamento de informações.

Conforme ressaltou, a produção de imagem com finalidade política seria algo eficaz para combater a disseminação de ataques políticos. Isso, porém, ainda é muito pouco utilizado pelo planejamento estratégico das campanhas.
twitter
O Twitter, segundo ele, ainda é utilizado de forma ineficiente. Conforme ressaltou, basicamente, é utilizado como “assessoria de imprensa”. “@fulsano Beltrano fez caminhada esta tarde no calçadão da orla e disse que vai melhorar a situação dos camelôs”, exemplificou, acrescentando que a utilização inteligente do perfil seria a promoção de ações de campanhas, como: twittcam, tuitações, ou até mesmo, atualizações de tags. Ou melhor, o uso do perfil para intervenções no debate que estiver acontecendo neste momento. Para ele, a ferramenta pode ser usada de forma mais fecunda se associada ao monitoramento do debate, da imagem e da repercussão nas redes. Isso, porém, permitiria uma intervenção mais precisa, por exemplo, na gestão de imagem do candidato. Além disso, é possível realizar um planejamento estratégico de campanha digital com foco em públicos que não podem ser alancançados pela campanha off-line.

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