Empresa reaproveita plástico e transforma em vários produtos


A preocupação com o meio ambiente tem provocado, em todo o mundo, o crescimento de um segmento empresarial que procura gerar menos resíduos sólidos, reduzir as emissões de gases que provocam o efeito estufa e reutilizar matériasprimas. No Ceará e em outros estados brasileiros existem empresas com esse tipo de consciência, que se inserem no contexto da ‘economia verde’. 

A partir de hoje, todas as segundas-feiras, o Jornal O Estado, mostra o funcionamento de uma empresa com esse viés. Um bom exemplo disso é a Indústria Brasileira de Artefatos Plásticos S.A. (Ibap), instalada no Distrito Industrial de Maracanaú e que fabrica mesas, cadeiras, bacias, baldes, dentre outros produtos, comercializados do Rio de Janeiro ao Amazonas e, principalmente, nos estados da região Nordeste.
De acordo com o presidente da empresa, Ary Albuquerque, que também é fundador e atual vice-presidente do Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domésticos e Industriais do Estado do Ceará (Sindiverde), a Ibap utiliza cerca de 80% de sua matéria-prima proveniente de produtos reciclados, além de realizar o reaproveitamento da água.

“Hoje somos uma das maiores empresas de transformação de material reciclável do Nordeste, com o processamento de cerca de 400 toneladas por mês. Toda a matéria-prima restante, bem como aparas dos produtos que saem das máquinas, são trituradas e transformadas em matéria-prima novamente. Também reaproveitamos a água utilizada para manter a temperatura do sistema, perdendo apenas o que acaba evaporando”, explicou.
ESTRUTURA
A Ibap possui laboratório e oficina próprios, a fim de examinar a matéria-prima recebida das empresas de reciclagem, e para efetuar consertos de suas máquinas ou desenvolver novas formas. 

Atualmente possui 180 funcionários, que produzem cerca de 500 mil peças por mês - entre baldes, bacias, caixas, cadeiras e mesas plásticas -, dos mais variados formatos e tamanhos. Como a empresa funciona 24 horas, algumas dessas peças atingem uma produção diária de duas mil unidades. 

Uma máquina adquirida recentemente, e única no Brasil, fabrica duas cadeiras simultaneamente, em cerca de apenas dois minutos.
O polo de reciclagem do Ceará tem se desenvolvido bastante nos últimos anos e há boas empresas do ramo em operação, oferecendo material de boa qualidade para ser utilizado pelas fábricas de produtos plásticos. 

Requisitos como cor definida, resistência mecânica adequada ao produto fabricado, índice de fluidez compatível com a peça e grau de carga de no máximo 30%, são imprescindíveis para que o material produzido seja de qualidade. “Como temos um laboratório aqui, educamos os nossos fornecedores a nos trazerem matéria prima com essas características.
Em Fortaleza devem ser cerca de dez mil catadores, que entregam o material recolhido nos depósitos, que levam para as recicladoras, que transformam tudo em matéria-prima que nos é fornecida. Então, dá para se ter uma ideia de toda a cadeia econômica que esse segmento mobiliza em nosso Estado.

São milhares de empregos, que movimentam milhões de reais na nossa economia todos os meses. E o que é melhor, contribuindo para a qualidade de vida das pessoas e protegendo o meio ambiente”, completou Ary Albuquerque.

Matéria completa nas páginas de economia do Jornal O Estado (www.oestadoce.com.br)

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