Disputa em Messejana vira caso de Polícia


 Acirramento Político. O clima entre os candidatos à Câmara Municipal de Fortaleza, no bairro de Messejana, não é dos melhores. Toinha Rocha (PSol) denunciou, recentemente, irregularidades envolvendo a família do vereador Leonelzinho Alencar (PTdoB). O caso descambou para acusações políticas e, ontem, virou caso de polícia. Segundo informou a parlamentar, na madrugada de ontem, a Autoescola Cidade, de sua propriedade, teve sua fachada cravejada de balas.
Toinha Rocha ressaltou que, a ação retoma atos do coronelismo, quando o controle dos espaços de representação era marcado por práticas autoritárias e violentas. Segundo informou, reside a mais de 20 anos no bairro e, fato semelhante, nunca aconteceu. Para ela, se o intuito dos criminosos “era intimidá-la, estão perdendo tempo”. Tal fato, segundo a parlamentar, não irá lhe abalar e continuará apurando todas as denúncias encaminhadas até ela.
No local, Toinha aguardou a conclusão da perícia, depois seguiu para Secretaria de Segurança Pública e Desenvolvimento Social (SSPDS) para solicitar proteção policial. Ao lado do candidato do PSol, Renato Roseno, e do vereador e candidato à reeleição, João Alfredo, a parlamentar expôs o caso ao coronel Monteiro e ao delegado Arley Alencar.
Segundo informou a assessoria da SSPDS, a parlamentar foi orientada a realizar um Boletim de Ocorrência (BO). Além disso, a SSPDS irá se empenhar em investigar os fatos.
No final da manhã de ontem, Toinha procurou ainda o presidente da Câmara Municipal, Acrísio Sena (PT). Ao jornal O Estado, o petista informou que irá propor uma “cultura de paz” aos 41 parlamentares. Para ele, apesar da disputa eleitoral, o debate deve permanecer dentro do campo das ideias, estabelecendo uma relação harmoniosa entre os postulantes.
AMEAÇADO
Além dos fatos envolvendo Toinha Rocha, o candidato a vice-prefeito pelo PSDB, Fernando Hugo, disse ter sofrido ameaça de morte. Segundo informou, já realizou Boletim de Ocorrência (BO) e aguarda proteção policial por meio da Polícia Militar. De acordo com o tucano, o clima é tenso em Messejana, sobretudo por conta dos rumores de violência contra seus familiares e colaboradores. Fernando Hugo disse, ainda, que as ocorrências não são comuns e, por conta disso, estão assustados.
Ao O Estado, Leonelzinho Alencar se defendeu das suspeitas de que os atentados teriam ligação com as denúncias de irregularidade envolvendo seus familiares. Segundo ressaltou, faz questão de que os fatos sejam apurados. Leonelzinho, inclusive, encaminhou solicitação ao presidente da Câmara, Acrísio Sena, que solicite a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE) e a Procuradoria de Justiça para que investigue o fato. Para ele, tudo não passa de insinuações políticas.
POPULAÇÃO
Embora entre os candidatos o clima esteja acirrado, a população, entretanto, continua desestimulada. Maria Aparecida da Silva, moradora da Rua Padre Pedro de Alencar, em Messejana, disse que, ao invés de solucionar os problemas da população, os candidatos ficam se degladiando entre si. Conforme relatou, os moradores estão construindo com recursos próprio uma espécie de saneamento ambiental, para amenizar o problema do esgoto a céu aberto da via. (Laura Raquel, da Redação)

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