Carlomano Marques volta às letras do arrependimento


"Pedro Nava"
Todos somos vulneráveis a tragédias e fatalidades, as quais orientam-nos e embrutecem-nos em algumas situações. É o imponderável. É da insondável alma humana. Cometemos equívocos e enganos que podem nos remeter a um ponto fora da curva. É a fragilidade do homen sensitivo. ” Errar é humano ; ninguém nasce sabendo “. O erro do senso-comun sem dolo ou ma-fé é para ser discutido e analisado a fim de ser corigido. É defeso para qualquer um não assumir o erro ou o equívoco. O medo do homem comum de errar e ficar menor que o seu igual é um verdadeiro vaporizador paralisante. Alguém já disse que o silêncio é o veneno do coração.
Admito muitos erros no meu caminhar: pessoais e politicos. Admito que errei quando voltei no Color duas vezes. Admito que errei em 2008 quando votei em Moroni Torgan. Digo a despeito da dedicação e risco. Nos últimos quatro anos, nunca recebi do Sr. Moroni nenhum telefonema de gratidão ou solidariedade. A sensação de abandono que senti deve ser a mesma das pessoas que lhe demonstraram, com o voto, a confiança e o afeto.
Quatro longos anos distantes da nossa cidade, das nossas angústias, dos nossos sonhos, dos nossos anseios e das nossas esperanças. Aparece agora, no dizer dele, enviado do papai do céu para governar Fortaleza. Sem a intenção de diminuí-lo, fiquei perplexo quando, perguntado pela seu projeto para a saúde pùblica para nossa cidade, disse que este caso era com o seu vice, o Dr. Lineu Jucá.
Dizia o filósofo alemão Hegel que exagerar no discurso prejudica a causa. Victor Marie- Hugo, o exponencial representante das letras francesas, referia que o ” povo às vezes é um juiz ingenuo”. O parnaibano Evandro Lins e Silva noticiava que devemos nos acautelar do clamor da multidão, que muitas vezes puxa na beca do juiz, quando principalmente o julgador traz o ferrete de Herodes. A voz pública que irrompe do desespero, do desamparo, da angústia, da solidão e do abandono, da desídia da mais simples necessidade não comtemplada pelo poder publico medíocre, sem apetite para o trabalho: solo fértil para farisaísmo e messianismo.
Sucede que a voz pública – que vai surgindo lenta, calma, serena é seguramente fruto do esclarecimento, do debate, e da interação das ruas, dos fatos, dos atos, das razões, dos compromissos, da meritocracia e do trabalho. Desta devemos nos aproximar mais de perto com mais atenção. Pode ser a nossa voz, a voz dos direito e dos desejos reprimidos.
Do apóstolo Paulo, arquiteto da teologia cristã, na sua segunda epístola a Timóteo – o bom soldado de Cristo: ” Um atleta não receberá a coroa se não tiver lutado conforme as regras. O agricultor que trabalha deve ser o primeiro a participar dos frutos “. Mas encero com uma frase de um escritor mineiro, o médico e memorialista Pedro Nava: ” Não tenho ódio; tenho memória. ”
* Carlomano Marques,
Deputado estadual pelo PMDB. 

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