Bem a propósito, uma historinha

Uma vez fui à Universidade Nova de Lisboa, uma espécie de Unifor de gande prestígio na Europa. Acompanhava o querido professor Paulo Bonavides. Havíamos chegado de Coimbra onde os maiores nomes do direito  constitucional do mundo curvavam-se diante do nosso Paulo. Eu, que já vinha encantado, ví levarem o dr. Paulo para um auditório onde falaria para umas 100 pessoas, entre alunos e professores. De repente, com Bonavides já sentado à mesa de onde faria sua palestra, ouví uma quase algazarra às portas de acesso ao auditório. Alguém entrou rápido, cochichou ao ouvido do reitor que fazia as honras da casa e o magnífico quase como que arrancou Bonavides da cadeira, da mesa, do palco. Saíram rápido e eu, que fotografava aquilo, sem entender, seguí, ao invés de ficar no auditório. De repente ví que estávamos num auditório onde, instantes depois, mais de 500 alunos, aqueles da quase algazarra invadiram ao saber que quem estava na Universidade era o mestre Paulo Bonavides. Até hoje arrepio com esta lembrança tão agradavel que não podia ficar comigo por mais tempo.

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