Barracas da Feirinha continuam no calçadão


Há 20 dias, as estruturas das 650 barracas da tradicional Feirinha da Beira-Mar, bem como os carrinhos utilizados nos transportes destes equipamentos, não são recolhidos pelos feirantes. O pagamento para guardar o material, que varia entre R$ 250,00 e R$ 900,00, tornou-se inviável aos vendedores, que aguardam uma reunião com a Prefeitura para tentar solucionar o problema.
De acordo com o presidente da Associação da Feira de Artesanato da Beira Mar, Theodomiro Ferreira de Araújo, houve um aumento no aluguel dos três estacionamentos onde as barracas eram guardadas.

No entanto, a permanência dos equipamentos no local, que em outros momentos desagradou, traseuntes e visitantes, também não é bem vista pelos 650 feirantes. A Associação apresentará à Prefeitura um projeto que prevê a fixação das bancas no calçadão.
A nova barraca, que ainda está sendo projetada, de acordo com Theodomiro, deverá ser desmontandas parcialmente. “A ideia é que esses equipamentos, que já têm mais de 40 anos de uso, sejam substituídos. Ainda estamos detalhando o projeto, mas na próxima semana, será concluído e daremos os detalhes da ideia”, explicou.

Ainda esta semana haverá uma reunião entre os permissionários e representantes da Secretaria Executiva Regional II. Até lá, o espaço de 200 metros do calçadão, entre a rua Oswaldo Cruz e a avenida Desembargador Moreira, continua ocupado pelas estruturas de ferro.
REQUALIFICAÇÃO
O projeto de requalificação da Beira Mar, que deverá estar pronto até a Copa de 2014, prevê a tranformação das barracas em pequenos containeres, que serão guardados no subsolo e montados através de uma empilhadeira. Três destes equipamentos serão responsáveis por fazer a montagem e o desmonte das 650 barracas.
De acordo com informações da Secretaria de Turismo de Fortaleza (Setfor), um Plano de Manejo Social está sendo desenvolvido para realocar os feirantes provisioriamente, antes e durante as obras de requalificação. Ainda não se sabe, porém, onde será o espaço. Serão apresentadas três opções de escolha no entorno da Beira Mar e os feirantes escolherão uma delas.
De acordo com dados da Setfor, o espaço determinado na reforma tem caraterísticas de Feira, portanto, não poderá ter estrutura física permanente. A Secretaria ressalta que “todo o projeto foi construído a partir das determinações do Ministério Público Federal e da Secretaria do Patrimônio da União”. As novas barracas da Feirinha, segundo o projeto, terão 4m², tamanho definido pela lei nº 9418/2008, e serão separadas de acordo com o produto a ser vendido.

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