Tá na coluna do Jorge Bastos Moreno

Na política, tudo acaba em samba


Depois que descobriu que o Fundo de Participação dos Estados (FPE) arrecada o dobro dos royalties, Cabral enlouqueceu. E, ao ser informado de que o FPE acaba este ano se não tiver lei nova regulamentando-o, aí sim, endoidou de vez. Tanto que passou a cruzar os céus do Brasil, batendo às portas dos palácios estaduais em busca de apoio, como fez na madrugada de ontem, em Belo Horizonte, onde se reuniu com os governadores de Minas, São Paulo e Espírito Santo. Antes, na posse de Graça Foster na presidência da Petrobras, às vésperas do carnaval, o governador do Rio, aproveitando a presença de alguns colegas, começou a articular mudanças no FPE ali mesmo, na solenidade. Mas, quando ouviu um “não” do governador do Ceará, Cid Gomes, aquele — lembram? — que saiu batendo portas na cara da Dilma recentemente, Cabral pirou de vez. Distanciou-se de todos, como se fosse fazer uma apresentação, e acabou fazendo mesmo, só que requebrando como passista da sua escola de samba preferida, e, chamando Cid Gomes para a pista, gritou:

— Venha, minha linda, venha! Venha que vou botá-la no carro alegórico da Mangueira para exibi-la toda pela avenida!

E continuou requebrando como se fosse o próprio Sorriso, famoso gari que samba nos intervalos do desfile da Sapucaí.

Guris
Dilma, então, interveio: — Meninos, parem! Foi a deixa também para a presidente f azer as pazes com Cid Gomes, por conta daquele outro episódio.

Fonte: O Globo - Jorge Bastos Moreno

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