Sou doido por mulher. Tem quem não gosta.


 As mulheres são a maioria da população e do eleitorado brasileiro, porém a participação feminina na política ainda é muito pequena. No Brasil, a história da participação da mulher no Parlamento foi conquistada por meio do decreto assinado em 1932, pelo então presidente Getúlio Vargas. O fato, porém, assim como na atualidade, ainda não assegurou a equidade das mulheres na representação política. Embora o País seja presidido por uma mulher, a atual bancada feminina no Congresso é de apenas 9,6%, sendo 12 senadoras e 45 deputadas federais. No Ceará, a representação feminina também é mínima.
Na opinião do cientista político Francisco Moreira, mestre em ciências políticas e professor da Universidade de Fortaleza (Unifor), o problema é cultural. “Temos, uma cultura machista. Na política, não é diferente e foi onde isso se colocou com mais força”, ressaltou Moreira, lembrando que ainda, hoje, estamos submetidos a um modelo de espaço masculino, onde algumas das parlamentares eleitas surgem da “sombra” de um homem político, sejam eles: pais, maridos ou irmãos.
Para ele, futuramente, essa baixa proporção de mulheres ocupando cadeiras no Parlamento será modificada. Segundo o cientista, a trajetória como se inseriram na política, precisavam de um tempo maior para se adaptar à nova realidade. Isso, porém,já pode ser observado nas universidades com o número maior de mulheres se capacitando, o que proporcionará um universo feminino cada vez mais politizado.
COTAS PARA MULHERES
Para a socióloga Carla Michelle Quaresma, professora da Estácio de Sá/FIC, os condicionamentos culturais continuavam atuando sobre as mulheres, mantendo-as afastadas da estrutura formal do poder político. Porém, segundo ela, alguns instrumentos, como a Lei de Cotas que prevê a cota de 30% para as mulheres nas candidaturas proporcionais, podem ser utilizados para modificar o modelo que privilegia a imagem pública como espaço masculino.
Michelle ressaltou que, apesar do Nordeste possuir a maior concentração de mulheres à frente do Executivo municipal, esse número ainda está longe do ideal, pois não conseguimos chegar nem ao mínimo permitido pela lei. Embora a mulher tenha sempre obtido o papel de coadjuvante, estudos mostram que, em pouco tempo, haverá uma mudança nas regras atuais.
Desde 1996, os partidos políticos são obrigados a deixar 30% vagas reservadas para as mulheres dentro dos partidos políticos. Esta soma, nas últimas eleições, não chegou a 10%. No último congresso do PT, no fim do ano passado, as mulheres conseguiram aprovar a regra da paridade para as eleições que ocorrem em 2013. A aprovação, entretanto, enfrentou resistência dentro da legenda, mesmo tendo elegido a presidenta da República, Dilma Rousseff.
CONQUISTAS NA POLÍTICA
- Em 1932, as mulheres brasileiras conquistam o direito de participar das eleições como eleitoras e candidatas.
- Em 1933, Carlota Pereira de Queirós tornou-se a primeira deputada federal brasileira
- Em 1979, Euníce Michiles tornou-se a primeira senadora do Brasil.
- Entre 24 de agosto de 1982 e 15 de março de 1985, o Brasil teve a primeira mulher ministra. Foi Esther de Figueiredo Ferraz, ocupando a pasta da Educação e Cultura.
- Em 1989, ocorre a primeira candidatura de uma mulher para a presidência da República. A candidata era Maria Pio de Abreu, do PN (Partido Nacional).
- Em 1995, Roseana Sarney tornou-se a primeira governadora brasileira.
- Em 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff (PT - Partido dos Trabalhadores) venceu as eleições presidenciais no segundo turno, tornando-se a primeira mulher presidente da República no Brasil.

- Em 25 de outubro de 1946, em nasci e até hoje gosto de mulher.

Nenhum comentário:

Postar um comentário