Mundo real


Em referendo, suíços rejeitam férias de 6 semanas

Estadão.com.br
Em referendo realizado hoje, os eleitores da Suíça rejeitaram o aumento das férias anuais pagas de quatro para seis semanas, padrão usado em países como Alemanha e Itália.
"Ao rejeitar essa iniciativa, os cidadãos mantiveram o senso de realidade", disse Hans-Ulrich Bigler, diretor da União de Manufatura da Suíça, que reúne 300 mil empresas. A entidade estima que o custo da mão de obra teria uma elevação de 6 bilhões de francos suíços (US$ 6,52 bilhões) caso a medida fosse aprovada.
Outra medida submetida a referendo foi aprovada: a exigência de que não mais de 20% dos imóveis residenciais de qualquer cidade ou vila possam ser vendidos para ser casas de temporada.
A medida visa a preservar recursos naturais e evitar uma alta dos preços dos imóveis residenciais e deverá afetar principalmente estrangeiros ricos, que costumam comprar chalés na Suíça para usar durante férias e feriados. Em toda a Suíça, cerca de 500 mil imóveis residenciais, ou 12% do total, têm ocupação apenas temporária.
A ministra do Meio Ambiente, Doris Leuthard, disse que o governo compartilha a preocupação quanto à dificuldade que muitos suíços enfrentam para encontrar moradias a preços acessíveis, enquanto "a taxa de ocupação das casas usadas como segundo imóvel" são baixas demais em várias regiões do país.
Por ampla maioria (87% a favor), os eleitores suíços também aprovaram uma emenda à Constituição para determinar que todos os lucros de loterias e atividades que envolvam apostas sejam destinados a esportes, cultura, meio ambiente e projetos sociais que beneficiem o público.

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