Ministro informa no Senado que a nova base na Antártida não sai por menos de R$ 100 milhões


Em audiência pública realizada no Senado, o ministro Celso Amorim (Defesa) informou que a construção de uma nova base na Antártida não sairá barato e deve ser demorada.
Quanto ao valor, Amorim disse que ainda não há um cálculo preciso. Mas esclareceu aos senadores que o custo médio de uma “estação moderna” é de cerca de R$ 100 milhões.
Sobre o prazo, declarou: “A experiência nos mostra que, entre o projeto e a construção de uma base na Antártica, são necessários de três a quatro anos.” Isso, evidentemente, se os recursos forem providos “de maneira continua”.
A estação científica que o Brasil mantinha na Antártida, Base Comandante Ferraz, foi consumida por um incêndio em 25 de fevereiro. Dois militares morreram. Um se feriu. As chamas destruíram 70% das instalações.
Perderam-se o prédio principal e os laboratórios. Salvaram-se os tanques de combustível, o heliponto e os refúgios –módulos construídos à parte, para servir de abrigo em casos de emergência. No dia do incêndio, Dilma Rousseff apressou-se em dizer: as instalações seriam reerguidas.
Segundo Amorim, o resto de 2012 será consumido na elaboração de um pré-projeto. Depois, será necessário submetê-lo aos países signatários do Tratado da Antártida. Algo que deve ocorrer até maio de 2013. Só então a obra poderá ser iniciada.
E quanto às causas do incêndio? Presente à audiência do Senado, o comandante da Marinha, Júlio Soares de Moura Neto, disse que há uma investigação em curso. Curiosamente, antecipou-se aos investigadores.
Disse estar convicto de que a tragédia não foi provocada por falta de recursos ou falas de manutenção. “Há um inquérito em andamento e perícias sendo realizadas, mas não temos dúvida de que foi uma fatalidade.”

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