Justiça trata de microcrédito para índios e quilombolas com Banco Mundial

O coordenador estadual de políticas para a população negra e indígena, Antonio Carlos Arruda, reuniu-se com a economista e consultora do Banco Mundial, Conceição Faheina. Discutiram necessidades de oferta de crédito para comunidades indígenas e quilombolas.

Foram apontadas, sobretudo, as necessidades de investimentos em habitação e em construção de locais para os indígenas, que vivem em áreas urbanas, possam expor sua cultura e vender artesanatos, além de fazer apresentações de dança e canto.

A necessidade de investimentos na capacitação dessas comunidades divisa a utilização dos recursos financeiros adquiridos e evitar o endividamento, como foi ponderado por Márcio Alvim, coordenador técnico da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Participaram também das discussões, representantes da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo. A maior preocupação deles é com recursos para a construção de moradias.
Diagnóstico financeiro
O levantamento das necessidades de crédito está sendo feito pela economista do Banco Mundial, que começou a coletar dados em janeiro. O diagnóstico abrange o estado do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

O objetivo do trabalho do Banco Mundial é identificar as barreiras entre oferta e demanda de crédito pelos agricultores das comunidades rurais. “É preciso desenvolver metodologias de financiamento diferentes para que essas pessoas tenham acesso ao crédito’, disse Conceição. “Nosso papel é mostrar que existem práticas inovadoras que facilitam esse acesso”, acrescentou.

A consultora explica que a comunidade deve implantar o princípio do Banco Comunitário, na qual a confiança é a principal moeda para negociar.

Após finalização do levantamento nos três estados, será organizado um encontro com instituições financeiras e representantes de comunidades agrícolas. Serão colocados lado a lado para buscar um melhor entendimento na dinâmica de oferta e demanda por crédito.
Perfil
Conceição Faheira formou-se em economia pela Universidade Federal do Ceará. Após 20 anos de carreira no Banco do Nordeste, deu início ao estudo e trabalho com a questão do microcrédito. Visitou diversas regiões e países, entre os quais a Amazônia e Cabo Verde, na África. (É irmã do jornalista Nelson Faheina).
Ana Caroline Ribeiro
Assessora de Imprensa
Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
Governo do Estado de São Paulo
Tel: (11) 3291-2612 / 2771

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