Este blog avisou: bebidinha nos estádios da Copa vai cair no colo dos Estados


Com isso, o governo joga a responsabilidade sobre o assunto para os governadores. Sete dos 12 Estados sedes da Copa proíbem a venda de bebidas dentro dos estádios.
Em meio à crise na base aliada, líderes na Câmara decidiram votar o texto original do governo sobre a Lei Geral da Copa. A proposta não deixa clara a liberação da venda das bebidas alcoólicas nos estádios durante o mundial e a Copa das Confederações, deixando espaço para que os Estados negociem essa possibilidade com a Fifa.
Os ministros Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Aldo Rebelo (Esportes) participaram do acordo. Com isso, o governo joga a responsabilidade sobre o assunto para os governadores.
"As garantias foram oferecidas pelo governo brasileiro e os governadores que participaram da candidatura do Brasil também assinaram essas garantias", disse Rebelo. "Se os governadores não cumprirem, a Fifa pode tirar os jogos desses Estados", disse o líder do PT, Jilmar Tatto (SP).
A postura foi fechada após inúmeras idas e vindas do governo. Ficou definida após a avaliação de que o texto do relator, Vicente Cândido (PT-SP), que liberava explicitamente a bebida, podia ser derrotado. "Esse texto do governo é muito mais fácil de ser aprovado, facilitou muito", resumiu Tatto.
O argumento usado oficialmente foi o de que o texto de Cândido poderia causar atrito com as Legislações Estaduais. De acordo com Cândido, sete dos 12 Estados sedes da Copa proíbem a venda de bebidas dentro dos estádios.
"Poderia haver uma guerra jurídica de Legislações concorrentes. O texto do relator poderia atrapalhar e não ajudar", afirmou Tatto.
A intenção dos líderes é votar a Lei Geral da Copa ainda nesta terça-feira.
IMPASSE
Na semana passada, depois de prometer a deputados que iria tirar da Lei Geral da Copa a liberação de bebida alcoólica, o governo recuou para atender a um compromisso firmado com a Fifa.

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