Agnelli e mais quatro levam R$ 121 milhões


 A briga com o governo federal foi um bom negócio para o ex-presidente da Vale, Roger Agnelli. Por se recusar a investir em siderúrgicas e ser visto pelo Planalto como um quadro mais alinhado a grupos tucanos, Roger Agnelli perdeu o comando da segunda maior mineradora do mundo, após intensa pressão nos bastidores. Agora, ele recebe sua compensação. E que vale por um prêmio de loteria. Ele e mais quatro diretor es estão recebendo a maior indenização trabalhista da história do País: nada menos que R$ 121 milhões. A maior parte, claro, para Agnelli.
As informações estão na edição desta quinta-feira do Valor Econômico e dizem respeito a pacotes de ações, bônus antecipados e incentivos de longo prazo. Enquanto foi presidente da Vale, Agnelli costurou pacotes de remuneração agressivos para seus diretores e amarrou cláusulas generosas de indenizações para demissões sem justa causa.
Boa parte do dinheiro já foi desembolsada pela mineradora. Do total, R$ 98 milhões foram pagos no ano passado e R$ 23 milhões sobraram para este ano. Além de Agnelli, os aquinhoados são Carla Grasso, Mario Barbosa, Eduardo Ledsham e Guilherme Cavalcanti.
Hipermilionário, Agnelli pretende agora construir uma empresa nos moldes do grupo EBX, do desafeto Eike Batista. Recentemente, ele anunciou ter R$ 500 milhões para investir em mineração, petróleo e logística.

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