Fotografia é história - Lição Paraguaia



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Em Ipanema, as pessoas aplaudem o pôr-do-sol. Em Noronha, os golfinhos. Em Abrolhos, as baleias. Na Praia das Fontes, no Ceará, os turistas batem palmas para as jangadas. Verão de 2005.
Como foi – Durante uma matéria no Ceará, fiquei hospedado em um daqueles hotéis bacanas na beira do mar, em Beberibe. Impressionou-me a euforia de um casal de paraguaios que pela primeira vez vinha ao Brasil. Mais que isso, pela primeira vez via o mar. Jamais tinham visto uma jangada. A esposa, maravilhada com a beleza da cena, aplaudia as manobras dos pescadores. Ele, funcionário público. Ela, dona de uma pequena loja de roupas para crianças em Assunção, 1500 quilômetros distante do Atlântico. O marido disse-me: - O Brasil tem coisas realmente magníficas. A começar pelo povo acolhedor. Cidades maravilhosas, indústrias de alta tecnologia, economia gigantesca, esportes de ponta. Uma coisa, porém, eu não compreendo: como os brasileiros falam tão mal do Brasil. 
Orlando Brito
O Brito, além de um dos maiores fotojornalistas do mundo, é meu amigo.

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