Existe ONG séria, sim

Cultivo de algodão orgânico tem produção exportada para França para fabricação de calçados (FOTO: DIVULGAÇÃO)Cultivo de algodão orgânico tem produção exportada para França para fabricação de calçados (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Uma das ONGs mais respeitadas e com mais tempo de atuação no Ceará, o Esplar desenvolve diversos projetos de formação, educação e inclusão social na região do semi-árido cearense. A proposta da entidade é desenvolver projetos ecologicamente sustentáveis baseados na agroecologia e na igualdade de gênero. “Essa é a nossa missão. É utópica? É. Mas é a utopia que nos move”, explica a presidente Magnólia Azevedo Said, uma das fundadoras da ONG.

Criado em 1974 por um pequeno grupo de jovens idealistas recém saídos da universidade, o Escritório de Planejamento e Assessoria Rural (Esplar) iniciou suas atividades “traduzindo” o Estatuto da Terra para pequenos produtores rurais, fazendo oposição sindical no Interior do Estado. E em 1978, constituiu-se legalmente como uma ONG.


No início, a entidade funcionou com recursos dos próprios fundadores. E anos depois passou a receber financiamento da empresa britânica International Cocoa Organization (ICCO), parceria que dura até hoje, e em seguida passou a trabalhar com a agência norte-americana Inter-American Foundation.


Hoje a entidade é financiada por agências internacionais, como Evangelische Entwicklungsdienst (Alemanha), Intervita (Itália), ActionAid (Reino Unido) e Veja (França). Em 2012 será iniciada parceria de cinco anos com a União Europeia, na qual o Esplar irá atuar juntamente com a ONG Ceará Periferia em trabalho urbano focado na geração de renda para mulheres dos municípios de Fortaleza, Pacatuba, Quixadá e Ocara. Além dos convênios com organismos internacionais, o Esplar participa dos projetos do Governo Federal, “1 milhão de cisternas” e “Dom Helder Câmara”. Além de financiamento, a ONG conta com o apoio de voluntários de outros países para orientar e capacitar pessoas das zonas rurais.


O Esplar atua hoje em 16 municípios cearenses (Sobral, Forquilha, Canindé, Santana do Acaraú, Quixeramobim, Quixadá, Choró, Monsenhor Tabosa, Nova Russas, Tamboril, Ibicuitinga, Banabuiú, Senador Pompeu, Aracoiaba, Ocara e Massapé), atendendo ao todo 130 comunidades. Dos projetos desenvolvidos, se destaca o de cultivo de algodão orgânico, cuja produção é exportada para França para fabricação de calçados.

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