Publicada em 09/09/2011 às 19h37m
WASHINGTON E NOVA YORK - Cães farejadores nos metrôs de Washington e policiais espalhados pelos principais pontos de Nova York reforçam a segurança nesta sexta-feira, após a informação sobre uma possível ameaça terrorista - tornada pública na véspera e reforçada nas últimas horas pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton.
Fontes de inteligência citadas pelo jornal "New York Times" dizem que as pistas, passadas por um informante no Paquistão, são vagas - apontam para dois americanos de origem árabe, um deles com um nome comum no Oriente Médio. Ambos teriam passado pelo Afeganistão antes de entrar nos EUA, nas últimas semanas. O plano seria usar carros-bomba nos ataques, que teriam o apoio de um terceiro terrorista, na Europa.
Em maio, após a morte de Osama bin Laden, autoridades americanas disseram ter encontrado no computador do terrorista indicações de um plano para atacar os EUA nos dez anos do 11/9.
Segundo o jornal americano, alguns funcionários da inteligência que tomaram conhecimento da ameaça dissseram que denúncias do tipo não são comuns e, vindas de uma fonte confiável, precisam ser levadas a sério; outras autoridades, por outro lado, garantem que as informações estão sendo supervalorizadas por conta dos aniversário do 11 de Setembro.
Em discurso nesta sexta, Hillary Clinton disse que a rede al-Qaeda está por trás de "um relato específico, digno de crédito, mas não confirmado" de ameaça contra os americanos, principalmente em Nova York e Washington.
Hillary também anunciou que no final deste mês será criado o Fórum Global Antiterrorismo. O organismo, segundo ela, reunirá autoridades para identificar ameaças, encontrar soluções e compartilhar experiências.
O grupo, que será dirigido por EUA e Turquia, vai incluir África do Sul, Alemanha, Argélia, Austrália, Canadá, China, Colômbia, Dinamarca, Egito, Emirados Árabes, Espanha, França, Holanda, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Jordânia, Marrocos, Nova Zelândia, Nigéria, Paquistão, Reino Unido, Suíça e União Europeia.
Atenção redobradaEm Nova York, policiais equipados com armas automáticas patrulham pontos marcantes, incluindo Wall Street, Times Square e o memorial do 11 de Setembro, que foi erguido no local onde ficavam as Torres Gêmeas.
Embora a operação tenha sido planejada há algum tempo, as forças e táticas implantadas foram intensificadas depois que autoridades receberam o que descreveram como informações "específicas e críveis" sobre a possível ameaça, que segundo Hillary é da al-Qaeda.
Nova-iorquinos que já estão acostumados a revistas de bolsas nas estações de metrô e a demonstrações esporádicas de força policial encontraram vigilância reforçada após a ameaça, que levou o presidente Barack Obama a ordenar esforços contraterrorismo redobrados.
Perto do local conhecido como "Marco Zero", onde um novo World Trade Center está em construção e que servirá de palco para um evento no domingo com a presença de Obama, a polícia montou uma barreira atrás da histórica igreja Trinity. Carros e caminhões eram parados e vasculhados.
Barreiras similares foram montadas na Times Square, Central Park e em frente à loja de departamento Macy, complicando o trânsito em toda a ilha de Manhattan.
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