Protesto - Professores vão à AL contra o governo

Após ocuparem a Praça da Imprensa na manhã de ontem, professores estaduais e estudantes dirigiram-se à Assembleia Legislativa e tentaram adentrar o plenário, sendo impedidos de fazê-lo pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar. Vendo que seria difícil prosseguir enquanto os grevistas protestavam, o deputado Tin Gomes (PHS), que presidia a sessão, suspendeu os trabalhos para que uma comissão de deputados recebesse representantes da categoria.

Os professores reclamam melhores salários e estão sem dar aula há quase um mês. Na reunião, realizada na sala da Presidência da Casa, seus representantes pediram a mediação da Assembleia junto ao governo estadual para buscar uma alternativa que assegure a inclusão no Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) da categoria dos ganhos previstos na Lei Nacional do Piso Salarial do Magistério.

Atendendo à reivindicação da comitiva, o líder do governo, deputado Antonio Carlos (PT), comprometeu-se a agendar para esta sexta-feira um encontro com representantes do governo. “Espero que se chegue ao entendimento, porque, de fato, [com a greve] há um prejuízo social”, disse o petista.

O presidente do sindicato dos professores, Anízio Melo, afirmou que seus pares querem a reabertura das negociações com o governador para apresentar suas demandas e preparar um documento oficial, a ser discutido entre os grevistas em assembleia a partir das 15h desta sexta-feira. A ideia, segundo ele, é que a partir do encontro se possa assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre professores e governo no Ministério Público do Trabalho.

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Melo afirmou que os professores não abrem mão do Plano de Carreira do Magistério da Educação Básica e do Piso Profissional do Magistério Público da Educação Básica. Segundo ele, a adequação dessas leis deveria ter sido feita até dezembro de 2009, “mas o governador não fez”.

Na última segunda-feira, Cid Gomes declarou que servidores públicos, professores inclusos, devem trabalhar, acima de tudo, por amor e vocação. “Quem entra em atividade pública deve entrar por amor, e não por dinheiro. Quem está atrás de riqueza deve procurar outro setor, não a vida pública”. A respeito dessa declaração, Melo afirmou que a maior prova do empenho dos professores é a elevação dos índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Ceará. “Mas também precisamos comer”, frisou.


Penso eu - A maneira como os tais manifestantes se comportaram na Assembleia e as palavras contra o Governador não recomendam que elem, Cid Gomes, os atenda.

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