´Prisão de luxo´ de ex-prefeito gera protesto

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Uma caravana de cidadãos de Senador Pompeu realizou a manifestação na porta do Quartel dos Bombeiros, onde o ex-gestor está preso. O Tribunal de Justiça manteve a custódia

FRANCISCO VIANA

Com faixas, cartazes e gritos de repúdio, dezenas de cidadãos de Senador Pompeu (a 275Km de Fortaleza) realizaram, na tarde de ontem, uma manifestação em frente ao Quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, no bairro Jacarecanga, nesta Capital. O objetivo foi protestar contra a permanência naquela unidade militar do prefeito afastado do Município, Antônio Teixeira de Oliveira, que cumpre prisão preventiva decretada pela Justiça.

O protesto deve-se ao fato de Teixeira estar recebendo ´regalias´ mesmo privado de sua liberdade. Enquanto outros gestores presos por ordem judicial foram encarcerados na sede da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), o político está cumprindo a prisão em uma sala com ar condicionado na ala onde, originalmente, funciona o alojamento dos oficiais da Corporação.

O protesto aconteceu exatamente cerca de uma hora após o fim de uma sessão realizada no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) em que quatro desembargadores, integrantes das Câmaras Criminais Reunidas, decidiram acatar a denúncia do Ministério Público contra o prefeito afastado, em um processo que aponta o envolvimento de Teixeira em crimes de fraudes em licitação, desvio de dinheiro público, peculato e formação de quadrilha.

O processo originou-se de uma investigação realizada pelo Ministério Público Estadual (MPE), através da sua Procuradoria de Combate aos Crimes Contra a Administração Pública (Procap).
Acatou

Ontem, o Tribunal de Justiça acatou a denúncia. Na prática, significa que os desembargadores reconheceram como verdadeiras as acusações apuradas pelo MP. Os acusados, a partir de agora, passam a responder penalmente pelos ilícitos.

Os desembargadores Darival Beserra Primo (relator), Francisca Adelineide Viana, Francisco Teixeira Pedrosa e Inácio de Alencar Cortez Neto decidiram também manter a prisão preventiva do prefeito afastado e de seu vice. Teixeira responde a outros dois processos, um deles promovido pelo Ministério Público Federal (MPF).

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