Pra ler, e reler

É FAXINA MESMO

Por Carlos Chagas

No pronunciamento feito por ocasião do Sete de Setembro a presidente Dilma respondeu ao PT, PMDB, PTB e penduricalhos da base parlamentar: a faxina continua e não vai parar. Foram palavras dela: “o país não se acumplicia com o mal-feito. Tem, na defesa da moralidade, no combate à corrupção, uma ação permanente e inquebrantável”.

Mais não precisou dizer para reduzir a pó a campanha das elites partidárias pela extinção do combate à corrupção. Sua fala, em cadeia nacional de rádio e televisão, aconteceu logo depois do encerramento do Quarto Congresso do PT, onde os companheiros fizeram circular uma suposta indignação diante da ação da presidente de não tolerar lambanças no seu governo.

Mesmo numa semana vazia de deputados e senadores, o recado de Dilma foi bem entendido na Esplanada dos Ministérios. Voltou aquele frio na barriga de certos ministros, já flagrados ou por flagrar metendo a mão ou deixando que seus assessores metam, no caso, nos dinheiros públicos.

Prevê-se razoável mudança ministerial no fim do ano, mas esse propósito em nenhum momento impede antecipações. Não há que fulanizar que ministérios poderão receber petardos morais, nem em que nível. Mas o alerta da presidente bem que se acoplou à marcha contra a corrupção, realizada em Brasília na pista oposta àquela em que desfilavam civís e militares em comemoração ao Dia da Independência.

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