Hoje é o dia nacional do jornaleiro

Eles já existem há 150 anos no Brasil. Tudo começou com negros escravos que saíam às ruas gritando as manchetes dos jornais. Hoje, comemora-se o Dia Nacional do Jornaleiro, chamados de “gazeteiros”. Foi no século XIX que a venda de jornal teve ponto fixo e surgiram as bancas que, no início, eram apenas caixotes de madeira. Em 1910, a banca do jornaleiro passou a ser de metal, formato que perdura até os dias atuais.

A palavra “gazeteiro”, que também significa o aluno que costuma “gazetear” as aulas (faltar à escola, sem o consentimento dos pais), faz relação com o fato de as crianças preferirem ficar sentadas nas bancas, olhando as revistas. Aos poucos foram surgindo as bancas especializadas na venda de jornais e revistas. Atualmente, modernizadas, viraram empresas e ampliaram a oferta de produtos e serviços. É fácil comprar o jornal até sem sair do carro.

Apesar do crescimento das páginas de notícias na Internet, parar em frente à banca, discutir a notícia do dia, e seguir para mais um dia de trabalho, ainda faz parte do dia-a-dia de muita gente. A importância deste profissional dentro da informação cotidiana é resumida pelo autor Graciliano Ramos, Em sua crônica O pequeno jornaleiro, de 1915, dizia:

““É extraordinária a celeridade com que ele se transporta de um lugar para outro. Anuncia no Leme, na Tijuca, em Niterói, um jornal que a gente pensa ainda estar no prelo. (...) Fala sobre política, conhece o valor de nossos parlamentares, discute os principais episódios da conflagração europeia, critica os atos do poder e emprega imoderadamente esses vistosos adjetivos que figuram nos cabeçalhos dos artigos importantes para engodar o público incauto”.

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