Em discurso na ONU, Obama saúda transição na Líbia



O presidente americano, Barack Obama, afirmou durante discurso na conferência da ONU sobre a reconstrução da Líbia nesta terça-feira que vai apoiar a população líbia a reerguer o país após mais de quatro décadas sob o regime de Muammar Gaddafi.

Pablo Martinez Monsivais/Associated Press
Presidente dos EUA, Barack Obama, discursa no encontro do Grupo de Contato da Líbia na ONU, em Nova York
Presidente dos EUA, Barack Obama, discursa no encontro do Grupo de Contato da Líbia na ONU, em Nova York

Obama anunciou que está enviando o embaixador dos Estados Unidos de volta a Trípoli para reabrir a embaixada do país e pediu que os partidários de Gaddafi entreguem as armas e aceitem a transição.

"Nós ficaremos com vocês na sua luta para conseguir a paz e a prosperidade que a liberdade pode trazer", disse Obama em mensagem ao povo líbio.

Mais cedo, Obama havia se reunido com o presidente do CNT (Conselho Nacional de Transição, órgão político rebelde), Mustafa Abdul Jalil, e prometeu que os EUA iriam criar parcerias com a Líbia, grande produtora de petróleo, para ajudar o país a alcançar seu "extraordinário potencial".

Em seu discurso, o presidente americano alertou que a Líbia passará por tempos difíceis, uma vez que partidários e forças leais a Gaddafi devem fazer um último esforço para manter o ditador no poder. Ele ressaltou, porém, que é claro que o país está nas mãos da população agora.

"Após décadas de um regime de ferro de um homem, levará tempo para que se construam as instituições necessárias para uma Líbia democrática. Haverá dias de frustração", afirmou. "Mas, se aprendemos algo nos últimos meses, é a não subestimar as aspirações e a vontade do povo líbio".

A comunidade internacional foi saudada pelo presidente por causa da "coragem e vontade coletiva de agir" e relação aos conflitos no país. Segundo ele, ao mesmo tempo em que os poderes globais não podem e não devem intervir toda vez que houve uma injustiça no mundo, há momentos em que as nações devem unir forças para prevenir a morte de inocentes.

Obama reforçou também que a missão da Otan, a aliança militar do Ocidente, continuará na Líbia "enquanto os líbios estiverem ameaçados", e pediu aos apoiadores de Gaddafi que entendam que o "antigo regime já acabou e que é tempo de deixar as armas".

"Hoje o povo líbio está escrevendo um novo capítulo na vida de sua nação", afirmou. "Nós nos manteremos ao lado de vocês em sua luta para perceber a paz e a prosperidade que a liberdade pode trazer.

Este blog, em NY, com agencias

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