Nos próximos dias, gente que se imagina dotada de juízo dará um aviso a Dilma: negar-se a inscrever o reajuste do Judiciário no Orçamento é uma aposta tola.
Os repórteres Rui Nogueira e Edna Simãoinformam que a presidente não cogita mesmo alterar a proposta orçamentária já enviada ao Congresso.
Num aposta, ganha-se ou perde-se. Contam-se nos dedos de uma mão os presidentes que apostaram contra o Supremo. Mas Dilma quer arriscar. É do jogo.
Dilma prefere gritar “truco” dias depois de Cezar Peluso, o presidente do STF, ter-lhe remetido um ofício com cara de ultimato.
Parece convencida de que a Justiça, além de cega, tem a balança desregulada. Seu conselheiro ajuizado concorda. Mas vai ponderar: a espada não perdeu o fio.
Nesta semana, aportaram no STF um par de ações movidas por entidades sindicais do Judiciário. Ambas pedem ao tribunal que obrigue Dilma a reformular o Orçamento.
Ao bater o pé, Dilma contrata uma derrota no plenário do Supremo. Terá de fazer por ordem judicial o que se nega a fazer por birra anticonstitucional.
Dilma poderia brincar de outro jeito. Levaria a reivindicação do Judiciário para dentro do Orçamento e acionaria sua maioria no Legislativo para derrotá-la.
Chegaria ao resultado pretendido sem arranhar o princípio da independência entre os Poderes.
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