Em Fortaleza, 60% dos 1.900 carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo dos Correios, segundo o sindicato da categoria, aderiram à greve nacional, que teve início ontem. Em todo o Brasil, aproximadamente 18 mil funcionários, equivalente a 32% do efetivo, estão parados, o que já resultou na suspensão dos serviços Sedex Hoje, Sedex 10 e Disque-Coleta. O atraso na entrega de cartas e encomendas também é previsto. A reivindicação salarial foi o pivô da paralisação, pauta que não será revista pelos Correios, enquanto o movimento for mantido.
Durante o dia de ontem, mais de cinco milhões de cargas não chegaram ao seu destino no País. O volume de encomendas e cartas “empacadas” nos Correios ainda não refletiu em descontentamento junto à população. A realidade, entretanto, deverá mudar nos próximos dias. A entrega de boletos bancários está entre as prioridades de entrega, porém, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirma que não haverá prorrogação para prazo de pagamento.
De acordo com informações do Sindicato dos Trabalhadores em Correios, Telégrafos e Similares do Ceará (Sintect), o piso salarial para os cargos operacionais é de R$ 807, referente à carga horária de 44 horas semanais. As principais reivindicações são os aumentos de 50% no vencimento, R$ 400 para o pagamento linear e de R$ 7 para o vale alimentação, além da contratação dos classificados em concurso público realizado em maio. A proposta dos Correios, inicialmente, era de abono salarial de R$ 800, aumento linear de R$ 50 e reajuste salarial de 13%.
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