Ontem de manhã, depois de se agruparem na Praça da Imprensa, dezenas de professores se dirigiram à Assembleia Legislativa, e lá a direção do sindicato Apeoc foi convidada pelo presidente Roberto Cláudio (PSB) a uma reunião no seu gabinete, onde ele e outros deputados ouviram as reivindicações da categoria. Roberto Cláudio entrou em contato com o governador Cid Gomes, que assumiu o compromisso de ouvir o comando de greve durante reunião na manhã desta quinta-feira, no Palácio da Abolição, da qual o presidente da Assembleia também participará. Anízio Melo, presidente do sindicato Apeoc, afirma que o rumo da greve só deve ser definido depois da assembleia geral que acontece na manhã desta sexta-feira, no Ginásio Aécio de Borba.
ILEGALIDADE
Os professores da rede estadual pararam de trabalhar no dia 5 de agosto. Cerca de três semanas depois, durante passagem pela Assembleia, Cid declarou que o servidor público deve trabalhar, acima de tudo, por amor. “Quem entra em atividade pública deve entrar por amor, espírito público, e não por dinheiro. Quem está atrás de riqueza deve procurar outro setor, não a vida pública”.
A declaração causou furor entre os professores, e ontem eles voltaram a criticar o que julgam ser a indiferença do governador ante a greve. Embora discordando do “discurso revolucionário” da categoria, o deputado Carlomano Marques (PMDB), vice-líder do governo, afirmou que Cid se excedeu nas palavras. “É difícil atender a pauta de A até Z. É preciso negociar, mas o governador está equivocado. Temos que ir para a conversa, onde cede de um lado e do outro”.
Na última segunda-feira, o Tribunal de Justiça do Ceará negou o recurso dos professores contra a suspensão da greve. O agravo de instrumento com pedido de efeito suspensivo foi interposto pelo sindicato Apeoc, contra decisão do desembargador Emanuel Leite Albuquerque, que determinou a suspensão da greve, retorno imediato às atividades e pagamento de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
O novo tributo – que Cid defendia – estava na proposta original, com alíquota de 0,1% sobre as movimentações financeiras para financiar o setor. Com o resultado de ontem, a criação de um novo imposto neste momento está descartada. Um levantamento do Ministério da Saúde mostra que, em 2009, dez Estados não investiram o mínimo de 12% de suas receitas na saúde. Esses dez Estados, juntos, deixaram de aplicar cerca de R$ 2 bilhões no setor, segundo as contas do Ministério da Saúde.
Penso eu - Entendo os grevistas como grevistas e isso é,até certo ponto um direito deles. Não entendo é como a Justiça seja tão desrespeitada. Mandou dizer que a greve era ilegal, mandou multar os caras (e pra ser politicamente e ridiculamente correto) as caras e ninguem deu a mínima. COntinuaram em greve como quem diz: nem escuto a conversa da mutuca. No tempo de Mãe Vovó Petronilha, a Racista, Justiça era Justiça e professor era professor. Cada qual no seu cada qual porque os colegios pagavam tão bem que os professores davam aulas de paletó e gravata,chamavam os alunos de senhoras e as alunas de senhoras, faziam chamada todo dia e passavam 45 minutos em sala, respeitados porque sabiam ensinar, respeitosos porque queriam ensinar.
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