BEIRA MAR - Obras ameaçam população de botos

Pesquisadores da Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis) alertam que construções, integrantes do Projeto de Requalificação Urbanística da Beira Mar, podem afastar os animais que vivem hoje na enseada do Mucuripe. Os ambientalistas reúnem-se na tarde de hoje com representantes da superintendência do IBAMA no Ceará, para discutir a questão.

De acordo com a integrante da Associação, Ana Carolina Meirelles, a construção de um aterro hidráulico com cerca de 1.130m na faixa costeira e de um espigão de 230m de comprimento pode afastar população de aproximadamente 50 botos-cinza que, vivem hoje no local. As obras causarão danos à espécie, sensível a ruídos, conforme a pesquisadora. Ela explicou, que esses animais que já sofrem com os despejos de esgotos no mar e com a contaminação do Porto, podem deixar de vez a área.

Ana Carolina disse ainda, que na reunião a ONG deverá apresentar essa preocupação ao IBAMA local. A expectativa é que os apontamentos sejam encaminhados à representação nacional, já que o processo de licenciamento da obra envolve a instância federal. A exigência é que as instituições responsáveis instituam medidas de diminuição do impacto da construção. Estabelecer condicionantes que identifiquem o nível desses impactos sobre os botos antes, durante e depois da execução das obras, também é uma requisição dos ambientalistas.

Penso eu - Podiam levar essa beira mar pra Sobral, aí não iriam importunar os botos. E agradariam ao dr.Rodolfo.

Condição
A coordenadora de Desenvolvimento Turístico da Secretaria de Turismo do Município, Josenira Pedrosa, informou que, a construção dos empreendimentos foi condição estabelecida nos Termo de Referência que originou o Concurso Nacional de Ideias para Projeto de Requalificação. O marco foi elaborado pela Comissão da Beira Mar, que integra dentre outros órgãos, o Ministério Público Federal, o IBAMA, Secretaria do Patrimônio da União e a Secretaria de Meio Ambiente de Fortaleza.
Ela disse ainda, que o novo espigão terá 350m, e segundo o projeto será localizado em frente ao Clube Náutico, estendendo-se até o espigão já existente na altura da Av. Rui Barbosa, tendo dimensão de 1.150 metros de comprimento por 80 metros de largura.

A finalidade da construção, segundo Josenira, é a recomposição da faixa de praia nesse trecho. O que, conforme ela, possibilitará a recuperação ambiental da área e a proteção da costa contra a ação de ondas e ressacas.

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