AL começa processo de contagem de emissão de carbono nesta segunda




A Assembleia Legislativa começa, nesta segunda-feira (12/09), o programa Pegada Carbônica, fazendo o cálculo de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE). O trabalho é uma das etapas do Pacote de Gestão que visa à implantação de mudanças e ações de sustentabilidade na Casa. A Pegada Carbônica promove a compensação de GEE, por meio do plantio de árvores em áreas de preservação permanente.

Segundo o presidente da AL, deputado Roberto Cláudio (PSB), “essa atividade pretende dar continuidade às ações de conservação do meio ambiente e sustentabilidade na unidade legislativa, como a adesão do Parlamento à Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P), contribuindo ativamente com a redução da emissão de carbono na atmosfera”.

A proposta, que usa como ano base 2010, instalará na Casa do Povo um processo de identificação, redução e compensação das emissões de GEE. Para isso, serão cumpridas três etapas: a realização de um seminário de envolvimento sobre sustentabilidade e responsabilidade corporativa com um grupo de multiplicadores; um diagnóstico das emissões de GEE; e o estabelecimento de alvos para essa redução.

Na segunda-feira, uma comissão da AL acompanhará o consultor em sustentabilidade Ávila Capibaribe no reconhecimento de todos os estabelecimentos da Casa. “Com o inventário é possível identificar e quantificar em toneladas de carbono equivalentes às principais fontes de emissão de GEE e promover, através de melhores práticas e programas internos, a redução, reutilização e reciclagem em seus processos. As emissões que não puderem ser evitadas serão compensadas por meio do plantio de árvores”, explica o especialista.

Ávila Capibaribe é doutorando em Ciências Marinhas Tropicais, tem MBA em Marketing e em Construção Sustentável, é pós-graduado em Meio Ambiente e graduado em Ciências Biológicas. Ele é professor de MBA em Marketing da Fundação Getúlio Vargas, além de ser consultor do Sebrae em sustentabilidade.

A metodologia usada para o inventário foi desenvolvida, segundo ele, pelo World Resources Institute (WRI) a partir de dados como: produção de lixo, além do consumo de energia elétrica e de combustíveis. Essa metodologia científica foi elaborada com base nas pesquisas do Painel Intergovernamental de Mudança Climáticas (IPCC) - órgão formado por cerca de 2.500 cientistas de mais de 130 países, que dá embasamento às decisões da Organização das Nações Unidas (ONU) relativas às mudanças climáticas, como o Protocolo de Quioto.

Na etapa seguinte à contagem dos gases, conforme o projeto elaborado por Ávila Capiberibe, acontece o processo para redução dos mesmos. O que não for reduzido será compensado com o plantio de árvores. O objetivo do reflorestamento, de acordo com o consultor ambiental, é recuperar a cobertura vegetal de áreas degradadas do bioma Mata Atlântica na Serra da Ibiapaba. Esse, aliás, é, segundo o consultor, o diferencial do programa escolhido pela AL: ajudar na preservação das florestas cearenses.

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