Os vereadores entraram em recesso ontem e só voltam ao trabalho na Câmara Municipal de Fortaleza em agosto. Na pauta, nenhum assunto polêmico. Em votação, somente, alguns requerimentos. Apenas uma preocupação abateu os parlamentares, a Reforma Política em tramitação no Congresso Nacional. A Comissão Especial de Reforma Política da Casa viajou a Brasília, na última quarta-feira, para acompanhar a apreciação do projeto na Comissão Especial do Senado. Porém, as notícias, segundo os parlamentares, não são animadoras.
“Infelizmente, os resultados não são positivos. Estávamos pensando num resultado, mas foi outro”, lamentou o vereador Antônio Henrique (PTN). Em seguida, o presidente da comissão especial, vereador Walter Cavalcante (sem partido), afirmou que a Reforma “não sai para as eleições de 2012”.
Isso porque, durante a reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), a opção apresentada pela comissão de Reforma Política para alterar o modelo vigente foi rejeitada pelos senadores. Foi derrotada a proposta de implantação da lista fechada e o chamado sistema “distritão” - semelhante ao voto majoritário. Henrique ressaltou que as alterações atingirão mais os cargos legislativos, do que a disputa para cargos majoritários. Segundo ele, inquietação é devido à aprovação da matéria. Eles temem que o projeto seja votado às vésperas da eleição, o que modificaria o cenário eleitoral.
As preocupações foram seguidas de críticas aos senadores cearenses. Membro da comissão da Câmara, o vereador Luciram Girão (PSL) criticou a postura do senador Inácio Arruda (Psol) e José Pimentel (PT). “Os dois senadores negaram seu voto. Votaram contra a maioria”, disse.
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