Professores não irão obedecer calendário

Em assembleia, professores decidiram que não devem seguir o calendário de reposição de aulas apresentado pela Prefeitura de Fortaleza. Secretário afirma que o Executivo não irá recuar.

Durante assembleia geral da categoria na manhã de ontem, os professores da rede municipal de Fortaleza decidiram que não irão obedecer ao calendário de reposição das aulas apresentado pelo Executivo municipal. O agendamento das atividades apresentado pela Prefeitura estabelece aulas de reposição durante 15 dias do mês de julho, durante as duas primeiras semanas, inclusive com a realização em três sábados de cada mês.

Os professores se negam a trabalhar no mês de julho, período em que deveriam gozar de suas férias, anunciando novas paralisações a partir do próximo dia 6. “Hoje (ontem) nós recebemos um terço do pagamento das férias, o que caracteriza que a Prefeitura reconhece o mês de julho como o período de férias”, afirmou a professora Gardênia Baima, membro da direção colegiada do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute).

A dirigente como “retaliação” por parte da prefeitura o calendário de reposição e disse lamentar que o Executivo “insista em decidir as coisas unilateralmente”, ao invés de discutir um calendário alternativo com a categoria, uma vez que as escolas pararam em um ritmo diferenciado. “Não aceitamos esse calendário e vamos seguir com a mobilização”, afirmou.

A dirigente confirmou uma paralisação no dia 6 de julho, comandada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). No mesmo dia, um ato será realizado na Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), com horário ainda indefinido.

“É direito dos alunos”
Secretário de Administração da Prefeitura, Valmick Ribeiro afirmou que o Executivo não deve recuar nem quanto ao calendário, nem quanto ao pedido de novo reajuste por parte dos professores.

Segundo ele, a realização de aulas durante o mês de julho é a única maneira para que a reposição ocorra sem que os alunos sejam prejudicados. O titular da pasta adiantou ainda que a Prefeitura deve tomar as providências necessárias para que as aulas sejam repostas no período, assegurando o direito dos alunos. “Eles terão que trabalhar para repor a greve. Não temos como repôr as aulas em um outro período. Estamos absolutamente dentro da lei. Não é retaliação”, afirmou Valmick.

Segundo o secretário, cada escola deve cumprir o calendário mediante suas necessidades específicas. Quanto ao reajuste, afirmou que a Prefeitura está no seu “limite” orçamentário e que não há condições de um novo aumento, além dos 8% já aprovados.

Segundo ele, os professores terão aumento de mais de 14% este ano, somando-se reajustes e gratificações.
Deu no opovoonline.com.br

Penso eu - Quando a senhora que serve à minha casa não trabalha, não recebe. AS coisas funcionam melhor assim. Pelo menos na minha casa onde manda quem paga e o bedece quem quer receber.

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