Presidente da associação cultural responde a processo por doação ilegal em campanha

“A presidente da Associação Cultural de Pindoretama, Renata Ribeiro Guerra, é alvo de processo na Justiça Eleitoral por “doação de recursos acima do limite legal” ao deputado estadual Téo Menezes (PSDB), durante as eleições do ano passado.
O parlamentar, que nas últimas três eleições foi o mais votado naquele município, é filho do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Teodorico Menezes, que dirige o órgão no qual Renata trabalhou até quarta-feira, quando foi exonerada.
Conforme O POVO revelou naquele dia, a associação dirigida pela ex-funcionária da Corte recebeu R$ 400 mil do Governo do Estado para a construção de 200 kits sanitários em Pindoretama, distante 50 km de Fortaleza. Mas os banheiros não foram construídos. Além disso, a reportagem constatou que o endereço em que deveria funcionar tal associação não existe.
Após a publicação da reportagem e de uma reunião com o setor técnico da Casa, o presidente do TCE decidiu exonerar Renata, que ocupava cargo na assessoria técnica na Corte, atuando na Assessoria de Cerimonial e Relações Públicas do Tribunal.
Segundo a assessoria de comunicação do Órgão, por tratar-se de um cargo comissionado, Teodorico Menezes não esclareceu o motivo da exoneração.
Além disso, o presidente ordenou, para a próxima segunda-feira, uma vistoria in loco em Pindoretama, que será realizada por técnicos da 7ª Inspetoria de Controle Externo do Tribunal.
Processo
Ontem, por meio de sua assessoria, o Ministério Público Eleitoral (MPE) informou que o processo ao qual Renata responde tramita em juízo eleitoral de primeiro grau.
Em nota, a Secretaria das Cidades anunciou a abertura de sindicância para apurar o caso não só em Pindoretama, mas também nos municípios de Horizonte e Cascavel, onde há denuncias de casos semelhantes.
Conforme O POVO publicou ontem, a Promotoria da Comarca de Pindoretama já iniciou um processo de investigação das denúncias.
No início da noite de ontem, O POVO tentou ouvir o deputado Téo Menezes. Porém, em seu gabinete e no diretório estadual do PSDB, as ligações não foram atendidas.
Também tentamos localizá-lo por intermédio de seu pai, Teodorico Menezes. Mas, em seu celular, as chamadas não completavam.”
(Deu n'O POVO)

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