O PMDB, pelo menos até agora, não está satisfeito com os cargos que recebeu da presidente Dilma Rousseff, porque são poucos e de pequena expressão. A reclamação é do deputado federal peemedebista Aníbal Ferreira Gomes, observando que pelo tamanho, importância e apoio que tem dado ao governo, “o PMDB merecia muito mais”. O cearense lembra que o partido apoiou os dois mandatos do presidente Lula, fez o mesmo em toda a campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República e agora no governo dela está dando apoio integral ao Planalto. Por tudo isso, ele opina que o partido deveria ter um tratamento melhor, “e não é o que está acontecendo no momento”.
Segundo Aníbal, “é importante o PMDB participar do governo federal, e essa participação tem que ser ocupando cargos mais valiosos no primeiro escalão”. O partido comanda os ministérios da Agricultura, Defesa, Minas e Energia, Previdência e Turismo, além da Secretaria de Assuntos Estratégicos. Para o cearense, ainda não está de bom tamanho. “Estou falando pela minha pessoa, mas tenho a certeza de que a maioria do meu partido pensa do mesmo jeito e, por isso, não está satisfeita”, diz Aníbal.
COBRANÇA
No fim do mês passado, os líderes do PMDB no Senado na Câmara, Renan Calheiros e Henrique Eduardo Alves, mais o presidente da sigla, senador Valdir Raupp, tiveram reunião com a ministra Ideli Salvatti, das Relações Institucionais, para cobrar 48 nomeações no segundo e terceiro escalões prometidas desde o início do governo e a liberação de emendas parlamentares, o que é garantia de voto certo nos projetos de interesse do governo.
O PMDB tem 80 deputados. Na votação do salário mínimo de R$ 545, foi o partido mais fiel, à frente do próprio PT. Já na votação do Código Florestal na Câmara, o partido deu uma surra no governo, pois o então ministro Antonio Palocci (Casa Civil) não havia dado resposta ao pleito pelos cargos.
Por Tarcísio Colares,do pessoal do bvlog no aeroporto Pinto Martins
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