Papa excomunga bispo chinês ordenado sem permissão do Vaticano


Papa Bento XVI excomunga padre ordenado
bispo na China (Foto: Tiziana Fabi/AFP)

Padre foi ordenado bispo de província do sudeste da China.
Vaticano e país asiático não mantêm relações desde 1951.
O Papa Bento XVI "lamentou" a forma como a China trata a Igreja Católica, após a ordenação ilegal, há dois dias, pelas autoridades chinesas de um bispo, que foi excomungado. “O Santo Padre lamenta, mais uma vez, a maneira como é tratada a Igreja, e espera que estas dificuldades possam ser superadas o mais rápido possível”, indicou um comunicado do Vaticano.
Há dois dias, o padre Joseph Huang Bingzhang foi ordenado bispo da província de Guangdong (sudeste da China), sem mandato pontifício. O comunicado do Vaticano indica que, como consequência, o bispo "foi punido por meio de sanções previstas no artigo 1382 do Código de Direito Canônico", que prevê a excomunhão automática.
A cerimônia de ordenação, na China, foi presidida pelo cardeal Fang Xinyao, presidente da Associação Patriótica Nacional, conhecida como “Igreja Patriótica”, controlada pelo Partido Comunista chinês.

No início de julho, a Santa Sé já havia declarado “ilegítima” a ordenação episcopal dias antes de outro sacerdote chinês, Paul Lei Shiyin, por ter sido conferida "sem mandato papal". O Vaticano e a China não mantêm relações desde 1951, data em que a Santa Sé reconheceu Taiwan. A situação se desgastou ainda mais em 1957, quando a China organizou sua própria Igreja Católica.

Estima-se que existam cerca de 5,7 milhões de católicos chineses, de acordo com dados oficiais. Os fiéis na China estão divididos entre a igreja oficial, controlada pelo governo comunista, e uma igreja não reconhecida, chamada de “clandestina", fiel ao Vaticano e perseguida por Pequim

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