O CT (Sistema de Correias Transportadoras) projetado pela Seinfra (Secretaria da Infraestrutura) já entrou em fase de testes. A metodologia representa praticidade operacional, modernidade e altas taxas no transporte de granéis sólidos e, efetivamente, um potencial acréscimo nas infraestruturas e equipamentos instalados no CIPP (Complexo Industrial e Portuário do Pecém).
De acordo com o projeto, são seis quilômetros de extensão e capacidade para movimentar 2.400 toneladas por hora, o equivalente a 200 caminhões/hora (12 toneladas cada) carregados com minérios. A CT, o Terminal de Múltiplas Utilidades (TMUT), e o início da terraplanagem da siderúrgica serão apresentados no próximo dia 4 de agosto, pela presidente Dilma Rousseff e pelo governador Cid Gomes.
O sistema é composto por três tramos, sendo um transportador convencional (interligado no píer 1 aos descarregadores de navios GSU e CSU), dois transportadores tubulares, com tecnologia alemã e fabricação nacional. Além da elevada capacidade de transporte, as correias transportadoras instaladas no CIPP realizam o transporte de forma totalmente fechada evitando, assim, a geração de pós de minérios durante o trajeto, um ganho ao meio ambiente da região.
Os projetos executivos, as fabricações, montagens e testes foram executados pelas empresas Koch do Brasil, de Belo Horizonte; e Normatel Engenharia, de Fortaleza. Foram investidos R$ 156,3 milhões na implantação e gerenciamento, sendo R$ 120,5 milhões oriundos de recursos do BNDES e R$ 35,8 milhões do Tesouro do Estado.
FUNCIONAMENTO
O carvão mineral é retirado dos porões dos navios por equipamentos apropriados (GSU e CSU), e descarregado sobre a correia transportadora instalada ao longo do Pier. Na junção da Ponte de Acesso com o Pier 1, foi instalada uma Torre de Transferência para possibilitar a mudança de direção da correia em 90º. Posteriormente, a mesma segue sobre os apoios instalados na lateral da Ponte de Acesso até um ponto especifico sobre as dunas entre o Porto do Pecém e o Complexo Industrial, onde foi instalada outra Torre de Transferência para seccionamento e alteração de direção.
Um terceira e última torre de transferência segue até um ponto final na junção da CE 422 com a faixa norte de infraestruturas do CIPP, para possibilitar a entrega do granel sólido às diversas empresas usuárias deste sistema. Neste ponto, as empresas usuárias instalam seus sistemas próprios de correias transportadoras, para transporte dos minérios até seus Pátios Internos de Matérias Primas.
As correias são acionadas em tambores, responsáveis pelo seu tracionamento . Roletes de diferentes formatos e funções, situados abaixo e acima da correia são responsáveis pela sua sustentação . Cada uma das três etapas de transferência é dotada de um sistema de filtros, evitando a geração de pó. No percurso, o sistema de transporte, totalmente fechado, evita a saída de pó para o ambiente externo.
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