Nossa polícia medrosa

Afinal de contas, quem tem medo da polícia? Ou melhor, do que a polícia tem medo?
Há algum tempo eu reclamei e fui publicado acerca de um som medonho que sai de vários carros que utilizam o posto Texaco, localizado bem em frente ao Siara Hall, na Avenida Washington Soares.
Pois é. Ontem o barulho ensurdecedor foi até mais de quatro horas da manhã e hoje idem, idem. A diferença é que hoje eu resolvi ligar para a nossa polícia do Estado do Ceará buscando um pouco de sossego depois das duas horas da manhã.
Eficientíssima a nossa maravilhosa Ronda do Quarteirão sugeriu que eu fosse até o posto e anotasse as chapas dos veículos que estavam proporcionando barulho a quem quisesse ouvir.
O curioso é que, apesar de ter acionado o Copom e o Ronda do Quarteirão, através de uma das viaturas, resolvi ir até o referido posto para “anotar as chapas”. Lá chegando, aproveitei para pedir aos envolvidos que baixassem um pouquinho o som e, engraçado, o que a nossa brava polícia não conseguiu eu, que assino este desabafo, desarmado, sem colete à prova de balas, sem qualquer aparato, consegui. Os envolvidos, jovens em busca de diversão, baixaram o som.
Voltando para casa no intuito de agradecer aos valorosos policiais de plantão pela ineficácia no cumprimento do dever, fui informado que chegaria, em minutos, o batalhão de choque para resolver a situação; situação esta que já estava resolvida por um cidadão, volto a dizer: desarmado, sem aparato, apenas com uma boa dose de coragem!
Agora são três horas da manhã e o barulho, que ficara baixo ao meu pedido, cessou. Sem que um carro policial fosse ao local. Infelizmente tudo leva a crer que um cidadão, em determinadas situações, sozinho, munido de coragem, faz mais do que o nosso “Ronda do Quarteirão.
Faz-me rir!

O desabafo é do jornalista
Laércio Caporalini
MTPS 13963

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