Moradia - Déficit habitacional é discutido no Paulo Sarasate

Cerca de 10 mil pessoas de baixa renda estiveram no Ginásio Paulo Sarasate, ontem de manhã, para discutir uma mazela que vitima milhões de pessoas em todo o país: a falta de moradia decente. Organizado pela Central das Associações de Moradores do Ceará (CAC), o evento teve as participações do deputado federal cearense Danilo Forte (PMDB), do secretário estadual das Cidades, Camilo Santana, e do vereador por Fortaleza Marcelo Mendes (PTC).

Segundo o governo federal, o déficit habitacional no Brasil ultrapassa os cinco milhões de moradias, concentrado no grupo de famílias com renda de até três salários mínimos. Mais de três milhões de domicílios não têm banheiro, e apenas 55% dos lares brasileiros têm acesso à rede de coleta de esgoto. De acordo com o IBGE, mais de quatro milhões de brasileiros moram em casas de taipa.

No Ceará, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), o déficit habitacional é de 425 mil moradias. Os piores índices encontram-se nos treze municípios que formam a região metropolitana de Fortaleza, onde faltam mais de 156 mil casas. Os números na Capital são igualmente preocupantes, diz o deputado Danilo Forte.

“Existem em Fortaleza 147 mil famílias sem condição de moradia digna. Ou são sub-habitações ou são em áreas de risco. É preciso mudar essa realidade”, afirma o parlamentar, segundo quem o encontro no Ginásio Paulo Sarasate é fruto de um movimento popular que iniciou-se na periferia da Capital e que hoje mobiliza milhares de pessoas na luta por melhores condições de habitação. “O direito a uma moradia digna é assegurado na Constituição de 1988”, observa Danilo.

MARANGUAPINHO
Durante a reunião, Danilo enalteceu a urbanização da bacia do Rio Maranguapinho, idéia desenvolvida por ele no período em que dirigiu a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e tocada pela Secretaria das Cidades. “É a maior intervenção urbana do país em região metropolitana no que diz respeito a saneamento ambiental e remoção de famílias de áreas de risco. Só em Fortaleza serão removidas 21 mil famílias que moram nas bacias dos rios Cocó, Ceará e Maranguapinho”.

O deputado federal salientou ainda que tão importante quanto garantir abrigo decente aos cearenses é dotá-los de banheiros, proporcionando o asseio dos moradores e do ambiente ao redor. “Estamos viabilizando 500 kits sanitários para as populações que não têm banheiro em casa. Além de ser uma coisa básica para a higiene das famílias, o banheiro contribui para a diminuição da incidência de epidemias, como dengue e meningite”.

16 MIL CASAS
Camilo Santana também deu notícias agradáveis às caravanas reunidas no Ginásio Paulo Sarasate. “Fizemos um acordo com o dono de um terreno no bairro José Walter, onde existe uma ocupação. Tivemos uma reunião com os ocupantes, com a Prefeitura de Fortaleza e a Caixa Econômica Federal, e construiremos ali, através do programa Minha Casa Minha Vida, 16 mil habitações até o fim do governo Cid Gomes”, disse o secretário estadual das Cidades, parabenizando as associações comunitárias. “É uma conquista da luta de vocês”. Na primeira etapa da intervenção, segundo Camilo, serão construídas 1.100 casas.
Do jornal O Estado

Penso eu - O Sr. CamilO Santana está em campanha escancarada pra ver se consegue números que o façam candidato a Prefeito de Fortaleza pra onde transferiu seu título de eleitor, eis que era, até bem pouco, eleitor na cidade natal dele,m Barbalha de Santo Antonio. O outro, sr. Danilo Forte, inventou que também quer ser candidato a Prefeito de Fortaleza pelo PMDB do senador Eunício Oliveira. Danilo Forte andou cheio de acusações quando administrou a Funasa e Eunício está sob fogo cerrado acusado por licitações desarrumadas de empresa dele junto à Petrobras.

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