Lançada Carta do Caju no debate promovido pela AL em Itapipoca




Parlamentares e produtores assinaram nesta sexta-feira (01/07), durante audiência pública em Itapipoca, a Carta do Caju. O documento, que sugere a continuidade dos debates e a busca de soluções para o setor, foi lançado no final do encontro que debateu a atual situação da cajucultura no Ceará.

Promovido pelas comissões de Agropecuária e Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca da Assembleia Legislativa, a audiência foi aberta pelo deputado Roberto Mesquita (PV), que destacou a importância do debate entre o setor público, cadeia produtiva, órgão de financiamento e sociedade.

O deputado Manuel Duca (PRB), que propôs a audiência, destacou o papel da cajucultura para a economia do Estado e a importância de buscar soluções para a crise do setor. Segundo ponderou, o envelhecimento dos pomares, a baixa produtividade e competitividade são os grandes problemas do setor.

Duca lembrou que quase dois bilhões de quilos de caju são desperdiçados no Estado e ressaltou que “o melhor aproveitamento do pedúnculo é um saída para o segmento”. O deputado defendeu ainda criação de políticas públicas que garantam estímulo e incentivos para o setor.

O presidente do Sindicato dos Produtores de Caju do Ceará, Paulo de Tarso Meyer, afirmou que a baixa produtividade é o grande problema. Ele disse que a solução passa pela utilização de tecnologia, com a substituição das copas dos cajueiros e o aproveitamento do pedúnculo.

O deputado Antônio Granja (PSB) defendeu a ampliação de políticas públicas para a cajucultura. Lembrou que “o caju tem uma grande variedade de subprodutos, que poderiam ser exportados ou usados na merenda escolar ou nos hospitais”.

O deputado Edísio Pacheco (PV) destacou os projetos do Governo do Estado para a região, e afirmou que “há um déficit de atenção à questão da produtividade no setor”. Defendeu ainda a criação de projetos de qualificação de agricultores e da cadeia produtiva da cajucultura.

O presidente da Ematerce, José Maria Pimenta, também destacou a necessidade de ampliar a cajucultura, com o aproveitamento eficaz do pedúnculo. “O agricultor não pode mais ser apenas extrativista. É preciso atuar em outras culturas, como a pecuária”, defendeu.

O prefeito de Itapipoca, João Barroso, defendeu a continuidade do debate sobre a situação da cajucultura em outras regiões do Estado e sugeriu que a questão seja levada ao Congresso Nacional. “Precisamos também fazer um histórico dos investimentos e benefícios trazidos pela cajucultura no Estado”, afirmou.

Também participaram do debate os deputados Teo Menezes e Rogério Aguiar (ambos do PSDB), os prefeitos de Cruz, Jonas Muniz, e de Forquilha, Edmundo Rodrigues, o vice-prefeito de Itapipoca, Geraldo Azevedo, vereadores, secretários, lideranças políticas e sindicais de vários municípios, agricultores, empresários e representantes do Banco do Brasil, do Banco do Nordeste (BNB) do Sebrae, do Instituto Caju Nordeste, da Federação das Indústrias do Ceará , entre outras entidades.

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