Hugo critica Governo e cobra clínicas para dependentes químicos

O deputado Fernando Hugo (PSDB) cobrou, na sessão plenária desta quarta-feira (13/07), a criação de clínicas de tratamento e ressocialização para dependentes químicos. O tucano disse que não apresentou nenhuma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias com essa demanda porque está “desencantado”. Segundo ele, as emendas nunca são atendidas pelo Executivo, por isso ele prefere reivindicar na tribuna e por meio de interlocutores.

“Já não tenho mais vontade de fazer emenda porque não vem de lá para cá”, lamentou Fernando Hugo. Contudo, o parlamentar disse que não pode deixar de cobrar por ações de combate ao tráfico e de tratamento de dependentes químicos. Ele criticou o Governo do Ceará por investir em grandes obras, mas até agora ter deixado de lado essa área.

“Mesmo sem propor emendas a LDO, não posso deixar de vir à Casa suplicar aos que transitam no Palácio da Abolição que nos escute e leve a súplica que é premente para a paz social”, disse o tucano. Ele sugeriu iniciativas conjuntas das secretarias da Saúde, Educação e de Desenvolvimento Social. “Será, governador Cid Gomes, que não é pertinente que se faça um conjunto imenso de projetos voltados à criação de clínicas”, questionou, lembrando que é autor de um projeto de indicação que propôs criar seis centros.

O deputado Roberto Mesquita (PV) afirmou estar “espantado” por Fernando Hugo não ter apresentado nenhuma emenda. “Vossa excelência é um político de bairro, que vive no meio do povo, que é médico e conhece os problemas do povo”.

O deputado Manoel Duca (PRB) disse que o Congresso Nacional precisa mudar a idade penal para que os menores que cometem crimes sejam punidos e para evitar que as quadrilhas recrutem esses jovens para burlar a justiça. Ele ponderou ainda que nem sempre o efeito da droga ou a dependência química leva ao crime. Muitas vezes, segundo ele, a droga é usada ocasionalmente pelo criminoso para dar “coragem” na hora de cometer o delito.

Para a deputada Dra. Silvana (PMDB), antes de discutir punição, é preciso discutir o tratamento. “Isso é mais importante”, disse. Já o deputado Ferreira Aragão (PDT) chamou atenção para o aumento de número de mulheres entrando na criminalidade levadas pela droga. Para ele, a Assembleia do Ceará precisa “extrapolar” suas prerrogativas. “Temos que começar uma briga aqui, botar o pescoço de fora e mostrar que o problema está em Brasília. Nossos federais estão cochilando”, afirmou.

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